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Quando a música é uma missão e o Rap fala do Evangelho
2004-07-28 21:22:51

Frei Stan Fortuna corre o mundo com a sua música, esperando que os seus sons se transformem em oração, mesmo quando canta Rap.

O religioso pertence à Comunidade dos Irmãos Franciscanos da Renovação, estabelecidos em Nova Iorque sob a jurisdição do arcebispo diocesano, vivendo da ajuda dos outros.
A sua missão enquanto padre católico passa pelo Rap, o Rock, tudo aquilo de que puder lançar mão, e fundou mesmo uma produtora discográfica, a “Francesco Productions”. Neste momento, o sonho é lançar um videoclip da sua música de referência para os mais jovens, "everybody got 2 suffer". Rap, é claro.
Um homem diferente, que se deu a conhecer à Agência ECCLESIA na sua última passagem em Portugal, de 21 a 28 de Julho.

Agência ECCLESIA – A sua vida enquanto religioso aparece completamente ligado à música. É a sua missão?
Fr. Stan Fortuna – A música é um instrumento poderoso para se expressar a vida humana e a vida divina, na sua profundidade.
A música faz parte da minha vida desde pequeno e, quando me tornei Franciscano, foram mesmo os meus superiores a encorajararem-me: comecei a rezar com a música, com as canções que Deus me dava.
Agora tenho uma produtora discográfica, a “Francesco Productions”, sem fins lucrativos, e todo o dinheiro que ganhámos serve para o nosso trabalho com os pobres.

AE – É um desafio a tempo inteiro?
SF – Na nossa comunidade fazemos duas coisas fundamentais: trabalho com os pobres e evangelização. A música ajuda-me a viver como Franciscano porque me permite cumprir essas missões, gerando fundos para os pobres e fazendo passar a mensagem do Evangelho à cultura contemporânea.
João Paulo II pede a todos que se comprometam na Nova Evangelização e isso não significa que haja uma nova mensagem, mas que as pessoas que ouvem a mensagem são novas: a maneira de transmitir o Evangelho tem de ser nova, porque se não for inteligível para as pessoas de hoje, elas não a compreenderão.

AE – Que tipo de música compõe neste trabalho?
SF – Praticamente todo o tipo de música: contemporânea, contempaltiva, Rock, Pop, brasileira, Reggae, Rap, mesmo em português... O objectivo é sempre trazer o Evangelho até à cultura contemporânea.

AE – O seu trabalho leva-o a várias partes do mundo. Como são as reacções à sua maneira de transmitir o Evangelho?
SF – É incrível que, por causa da cultura americana, as pessoas em todo o mundo estejam habituadas a ouvir Rap, por exemplo. Por isso, onde quer que eu vá, as pessoas e sobretudo os jovens, estão fascinadas pelo tipo de música que faço, estão dispostas a ouvir o Evangelho transmitido dessa maneira.
A minha canção "everybody got 2 suffer" (toda a gente tem de sofrer), em Rap, tem sempre muito impacto, vai direita aos corações dos jovens. Quando eles são desafiados por essa mensagem, são capazes de ouvi-la, tenho a certeza. Mesmo quando chamados a seguir o Espírito de São Francisco...

AE – Esteve mais uma vez em Portugal, esta semana. Como é acolhido o seu trabalho entre nós?
SF – Já cá venho há 10 anos seguidos, mais do que uma vez por ano. Desta vez estive a orientar um retiro ao Grupo de São Francisco, em Castelo de Bode.
Posso dizer que, pelo menos da parte dos jovens, o meu trabalho é muito bem recebido, tenho muito bons amigos em Portugal que nunca se cansam de me apoiar e penso que gostam muito do que faço.

Fonte Ecclesia

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