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Uma Licenciatura em Música Sacra
2004-06-28 20:23:29

A licenciatura em Música da Escola das Artes da Universidade Católica, no Porto, que começou a funcionar em 1997, proporciona um ramo de especialização em Música Sacra único na Península Ibérica, mas com pontos em comum com cursos na Alemanha e no centro da Europa.

"O músico de igreja tem de ser um instrumentista competente (um organista de alto nível, que possa tocar o grande repertorio virtuosístico e improvisar), tem de ter competências ao nível da direcção coral, da orquestração e da formação vocal, deve ser capaz de compôr, de fazer arranjos, de enriquecer o espólio da músca litúrgica contemporânea", explicou Paulo Antunes. "Cada diocese devia ter um responsável pela música sacra remunerado, mas na sociedade portuguesa há falta de sensibilidade e de mecanismos para tal. Ao contrário de países como a Alemanha, não existe [por cá] a carreira de músico de igreja", sublinha. O organista Filipe Veríssimo, um dos primeiros licenciados em Música Sacra, protagoniza uma excepção, na qualidade de mestre de capela da Igreja da Lapa, no Porto, que tinha já uma grande tradição neste domínio, graças à acção do cónego Ferreira dos Santos. "Tentamos encontrar um equilíbrio entre o grande repertório sacro da história da música e as obras que permitem a participação da assembleia", explicou Filipe Veríssimo ao PÚBLICO. "Quando há recursos financeiros, todos os meses fazemos uma missa coral-sinfónica (de Mozart, Bach) assim como nas principais datas do calendário litúrgico". Nesses momentos as pessoas podem cantar nos salmos e noutras secções. Noutras alturas, como a Quaresma, faz-se mais polifonia "a cappella", por exemplo Palestrina. A igreja dispõe de um Coro Polifónico e de uma orquestra (Sine Nomine) e organiza ciclos de concertos. Quanto ao desempenho musical da assembleia, Veríssimo tem tentado implementar práticas pedagógicas como dispersar elementos pdo coro pela assembleia para as ajudar a cantar. No futuro irá tentar que grupos vocais internacionais de visita a Portugal (por exemplo o Huelgas Ensemble ou os Gabrielli Consort), para além de dar concertos, possam também ser convidados a cantar obras adequadas no seio da liturgia.

Fonte Público

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