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Recordar Karl Rahner
2004-05-31 17:52:27

A vida e obra de Karl Rahner, filósofo e teólogo alemão, cujo centenário do nascimento está a ser comemorado este ano, foi recordada, dia 27 de Maio, na Faculdade de Teologia – Braga. Uma homenagem “ao grande teólogo e professor que foi Karl Rahner no centenário do seu nascimento e 20 anos da sua morte” – disse à Agência ECCLESIA José Silva Lima, professor da Faculdade de Teologia – Braga e um dos oradores desta iniciativa.

Um pensamento “vastíssimo” porque contam-se mais “de quatro mil artigos e mais trezentas obras dele”. Um homem que “viveu a vida a escrever” – disse José Silva Lima.

Karl Rahner, sacerdote jesuíta que faleceu em 1984, participou activamente nos trabalhos conciliares. Em 1965 fundou a «concilium», revista internacional de Teologia, com a colaboração de Yves Congar e Edward Schillebeeckx. Um pensador que influenciou muitos teólogos. Segundo José Silva Lima “bebemos todos em Rahner”. O pensamento teológico na actualidade “é devedor, mas em profundidade, à reflexão deste alemão”. A auto-comunicação de Deus como categoria fundamental para entender o pensamento de Rahner; a relação da Antropologia com a Cristologia e a Igreja e o espírito em Karl Rahner foram os pontos de reflexão de José Silva Lima. O artigo «Calcedónia: fim ou começo?», publicado por ocasião dos 1500 anos do Concílio de Calcedónia é “um dos marcos da viragem da Cristologia da década de cinquenta” – sublinhou este professor da Faculdade de Teologia – Braga. E adianta: “um pensamento muito profundo que devia ser lido e estudado não só por teólogos mas pelas pessoas que gostam de pensar”.

Nesta actividade, José Eduardo Borges de Pinho, professor da UCP e aluno de Karl Rahner, traçou o perfil biográfico do teólogo, situou-o nas suas raízes e fez o seu itinerário académico, cultural e bibliográfico. Domingos Terra, jesuíta e que fez uma tese sobre o pensamento de Rahner, abordou o teólogo do ponto de vista filosófico. Na sua prelecção acentuou “as categorias fundamentais do seu pensamento”, particularmente, a chamada “antropologia transcendental de Rahner”.

Fonte Ecclesia

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