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Santuário de Fátima Relativiza Quebra de Peregrinos em 2003
2004-05-09 10:19:32

O Santuário de Fátima relativiza a quebra do número de participantes em missas oficiais registada no ano passado e os seus responsáveis dizem mesmo que o movimento naquele espaço religioso se mantém com tendência de crescimento na afluência de peregrinos.

De acordo com as estatísticas de 2003, relativas às celebrações do próprio santuário, houve uma quebra de 40 mil peregrinos em relação a 2002 (de 3.585.422 neste ano passou para 3.546.305). Mas, olhando para a última década, a afluência cresceu praticamente para o dobro: de 1.845.875 peregrinos em 1992 (quando o santuário começou a fazer esta estatística) passou para os mais de três milhões e meio em 2003.

A queda de 2003 é atribuída pelo padre José Baptista, responsável do Serviço de Peregrinos, à conjuntura de crise económica. "Houve agências que marcaram viagens e depois tiveram que as cancelar por não haver pessoas. Isso explica-se pela situação social e económica a nível mundial", afirma. Mas, acrescenta, essa ligeira baixa na afluência nas missas oficiais não tem correspondência no movimento total: "No recinto não se nota grande diferença, pois há muitas pessoas que se limitam a passar no santuário e que não são contadas nem registadas nas celebrações oficiais."

Para abranger esses casos e obter assim a estimativa do total de pessoas que afluem ao santuário, os responsáveis têm um método. Calculam que se devem somar uns 20 por cento aos participantes nas missas oficiais - estes são contados através da inscrição de grupos ou do número de pessoas que comungam, por exemplo. O que, para 2003, daria cerca de quatro milhões e 200 mil pessoas.

Ainda na Páscoa, cita como exemplo o padre Baptista, houve uma afluência de cerca de 30 mil pessoas. "Nas celebrações mais pequenas ao longo do ano, fora das grandes peregrinações de Maio e Outubro, a tendência é haver cada vez mais gente." E no próximo dia 13, que cairá em dia de trabalho (quinta-feira), José Baptista está confiante em que haja de novo muitos peregrinos.

Mais peregrinos a pé

O número de peregrinos a pé, por exemplo, é "bastante maior" do que no ano passado, de acordo com a avaliação do responsável do Movimento da Mensagem de Fátima, padre Manuel Antunes, que coordena a assistência em 52 postos de acolhimento ao longo das estradas.

A mais regular distribuição da afluência das pessoas a Fátima deve-se à maior facilidade em viajar, mas também "à grande sede de Deus e do espiritual". "Na filosofia, esquecemos Deus, deixámos de ter pai e isso assim não funciona", comenta o padre Baptista. Fátima, acrescenta este responsável, responde a essa necessidade de "silêncio e grandiosidade" que muita gente busca.

Aliado ao facto de se encontrar no centro do país, o santuário regista assim uma procura cada vez maior. Tendência que é confirmada por um outro facto, diz ainda José Baptista: o aumento do número de confissões.

Olhando para os números da última década (ver quadro), verifica-se que eles estão sempre em crescimento: entre 1992 e 95, há mais um milhão de pessoas. No ano 2000, ano de visita do Papa e de beatificação dos dois videntes, Jacinta e Francisco, atinge-se o pico máximo de quase quatro milhões. Depois, estabiliza na casa dos três milhões e meio, com menos quase 40 mil no ano passado.

A estatística revela outras curiosidades: de 2002 para 2003 os grupos organizados caíram de 2787 para 2685, o que leva José Baptista a afirmar que cada um levou a Fátima, em média, menos pessoas. A maior parte dessas peregrinações organizadas continua a ser oriunda do estrangeiro (1875 em 2003, contra 828 portuguesas).

E também desceu o número de participantes noutras celebrações além das missas oficiais (como procissões, vigílias de oração, rosários, missas de grupos específicos). Aqui, a quebra foi maior, atingindo quase 600 mil pessoas: de pouco mais de quatro milhões (4.003.884) passou para 3.427.297.

Fonte Público

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