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Da terra aos povos
2001-03-25 13:02:04

No Domingo 25 de Março, às 17:30, o Senhor D. Manuel Clemente inaugura uma exposição que estará patente durante dois meses no belíssimo espaço da charola da Sé patriarcal.

A exposição, promovida pelo Centro Cultural de Lisboa Pedro Hispano, com o patrocínio do Cabido e da Paróquia da Sé, consta de 46 cartazes de fotografias e texto que introduzem o visitante à história dos inícios e da primeira difusão do acontecimento cristão. Os cartazes reproduzem a exposição dos objectos que constituíram uma das mais relevantes mostras arqueológicas sobre as origens do cristianismo, promovida há alguns anos em Rimini, Itália, pelo Meeting Internacional para a Amizade entre os Povos, do Movimento de Comunhão e Libertação.

A "Terra"

é a terra de Israel, o Canaã dos Patriarcas, a terra prometida a Moisés, o reinode David e Salomão: a terra de Jesus, onde Ele nasceu "segundo a carne", viveu, pregou, padeceu e morreu; é a terra que o viu ressuscitado, a Terra Santa. As mais recentes descobertas arqueológicas que confirmam directa ou indirectamente a historicidade dos Evangelhos são repertoriadas e comentadas na primeira secção da mostra.

Os "Povos"

são as populações da bacia mediterrânica, primeiro os judeus da diáspora e depois os pagãos, gregos, romanos e todos os outros, a quem a Boa Notícia de Jesus vivo vai chegar nos três primeiros séculos da nossa era. A primeira expansão do cristianismo é sinteticamente descrita na segunda secção, que mostra em mapa as viagens apostólicas de S. Paulo e refere as dos outros Apóstolos.

A terceira secção, a mais extensa, mostra com grande variedade de exemplos como o cristianismo se enfrentou com a cultura do seu tempo: ecuménico e aberto a tudo o que de bom encontrava, mas sem se deixar assimilar pelo sincretismo ambiente; heróico no martírio, mas sem provocação nem bravata, procurando testemunhar com prudência mas sem ceder, e recuperando com misericórdia os que fraquejavam. O cristianismo vai entrando na cultura, nos hábitos, na vida doméstica; propõe nova compreensão da morte e da vida eterna, mas aceita as tradições funerárias que encontra, se não são incompatíveis com a fé. Até imagens tradicionais da representação religiosa são reaproveitadas com novo significado.

Por fim uma quarta secção reproduz os mais antigos testemunhos escritos do Novo Testamento, incluindo os papiros da 7ª gruta de Qumran cuja identificação com o texto grego do Novo Testamento continua envolto em acesa polémica.

A exposição é enquadrada por dois textos:
a abrir, a Carta a Diogneto, texto anónimo cristão do século ii: "os cristãos não se distinguem dos outros homens" por nada do que é exterior: "são no mundo o que a alma é no corpo".
O segundo, a terminar, do Cardeal Newman.: "o cristianismo é um facto presente".
A exposição pode ser visitada todos os dias nos horários de abertura da Sé. Aos Sábados a partir das 16h e aos Domingos a partir das 11h o Centro Cultural de Lisboa Pedro Hispano oferece visitas guiadas. Aos dias de semana podem organizar-se visitas guiadas, com prévia marcação pelo telefone 213940529 (até às 12h 30m).

Fonte Ecclesia

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