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Fundação Ajuda à Igreja que Sofre
2004-01-20 21:02:56

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre é uma organização internacional de ajuda pastoral ao serviço da Igreja em todo o mundo, apoiando todas as Igrejas locais perseguidas, refugiadas e ameaçadas. Em muitos aspectos, trata-se de um trabalho verdadeiramente imprescindível. Em muitas dioceses, nalguns países, se não fosse o auxílio prestado pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, os padres, os leigos, os missionários, as religiosas, os catequistas, não teriam quaisquer condições de sobrevivência.

Todos os dias há novos laços de solidariedade que se estreitam no mundo. Os que nos escrevem, que pedem apoio, que nos lançam gritos de ajuda, sabem que podem contar connosco.
Somos uma organização que junta benfeitores, voluntários e amigos. A nossa missão é estar ao lado da Igreja onde quer que ela esteja em sofrimento.
O trabalho do secretariado português é também absolutamente necessário. Todos os projectos em países onde se fala a língua portuguesa passam por aqui.
A relação de afectividade existente entre os bispos e os religiosos na África lusófona e Lisboa é sintomática. Quase todos os dias o secretariado português recebe uma carta a agradecer o apoio prestado a um determinado projecto. Ou um telefonema apressado de um sacerdote com um problema urgente para resolver.
Quase todos os dias se recebem cartas de benfeitores que oferecem nas suas pequenas contribuições enormes gestos de solidariedade.
Este é um trabalho único em que se sustenta a fé dos que são perseguidos.
Quais são, afinal, os projectos apoiados pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre?
Existem projectos de apoio à construção, à formação, aos refugiados, à mobilidade, aos meios de comunicação social e à distribuição de literatura religiosa.
Em muitos casos, a colaboração prestada pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre é absolutamente imprescindível para a sobrevivência de religiosos e leigos, em zonas onde tudo falta, até a própria liberdade.
Os países de língua oficial portuguesa estão entre aqueles que beneficiam do apoio directo da instituição.
O trabalho, nestes países, assenta essencialmente na formação de padres e sacerdotes, no apoio à mobilidade e na distribuição de literatura religiosa.
O caso de Angola é sintomático. Ainda hoje, quase dois anos após o fim do conflito armado, nos chegam ecos de violência, de perseguição a civis, de morte.
Cabinda é o exemplo mais recente deste drama. A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre desenvolve actualmente uma campanha de apoio à formação dos seminaristas deste país e de denúncia das atrocidades que se vêm cometendo no enclave de Cabinda.
Denominada “a indiferença é um crime!”, esta campanha tem vindo a obter repercussão internacional, com as agências de notícias de todo o mundo a referirem o caso de Cabinda como uma “guerra esquecida”, onde as forças armadas de Angola continuam a violentar os mais básicos direitos das populações locais.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre tem plena consciência de que em Angola, a Igreja, impedida de agir e obrigada a fechar as paróquias, enfrenta uma tarefa desmesurada, sem meios humanos e diante das ruínas.
A diocese de Menongue, por exemplo, tem duas vezes a superfície de Portugal e conta apenas com nove padres diocesanos e três Redentoristas. O Bispo de toda a jovem diocese de Dundo tem, como únicos bens, um quarto nos Espiritanos e um veículo financiado por nós, para poder descobrir a sua diocese.
Todo o país está em reconstrução. A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre tem vindo, também, a congregar esforços de toda a sociedade em prol dos países mais desfavorecidos.
Veja-se o caso recente da Guiné-Bissau, considerado como um dos mais pobres países do mundo. Minado pela corrupção, paralisado pela desconfiança existente entre militares e políticos divididos por grupos étnicos rivais, a Guiné está a braços com uma das mais graves crises desde que alcançou a independência na década de setenta do século passado.
A área da saúde é das mais críticas. A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, respondendo a um apelo directo da Presidência da República Portuguesa, através da Dra. Maria José Ritta, vai apoiar a criação de um serviço de Pediatria num dos hospitais da Guiné.
O Brasil, outro país onde o trabalho da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre tem maior visibilidade, é também um exemplo de uma nação de contrastes onde a Igreja desenvolve uma acção fundamental em auxílio aos mais desfavorecidos. São centenas de projectos apoiados anualmente.
Todos juntos, procuramos alimentar as iniciativas cristãs no combate à pobreza; ajudar os irmãos vítimas da violência e do despotismo; apoiar o esforço da Nova Evangelização nos países mais pobres, nos lugares mais longínquos. É aí, nesse combate, que se compreende o esforço silencioso mas absolutamente necessário dos amigos da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.
Quando o padre Werenfried van Straatan criou a instituição, em 1947, em consequência da II Guerra Mundial, por certo que nunca imaginaria que a sua obra iria chegar a todo o planeta, a todas as línguas, num esforço de paz e concórdia que só a fé em Deus ajuda a compreender.

Paulo Bernardino, Presidente do Conselho de Administração da FAIS

Fonte Ecclesia

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