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O regresso do «Senhor dos Anéis»
2003-12-19 23:17:47

"O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei", com estreia mundial a 17 de Dezembro, é o último filme da adaptação para cinema da obra de J.R.R. Tolkien, assinada pelo realizador Peter Jackson.

Aqueles que se juntarem aos milhões que já viram as duas apresentações anteriores terão oportunidade de confrontar-se com uma obra que o próprio Tolkien classficou de “profundamente religiosa e católica”.
Não estão em questão as já famosas interpretações “cristãs” da obra, que fazem do “anel” uma cruz a ser carregada pela salvação do mundo ou apresentam qualidades bíblicas nas personagens (Gandalf como profeta, Galadriel como Nossa Senhora ou “lembas” – pão para o caminho - como a Eucaristia), algo que o autor não aceitava. Para ele a obra não era uma alegoria do Evangelho: “o Senhor dos anéis foi fundamentalmente um trabalho religioso e católico, mas a alegoria desagrada-me em todas as suas manifestações”.
Portanto, não vale a pena procurar “intenções oculta” na mensagem de Tolkien, nesse fantástico mundo de hobbits, reis, senhores do mal, elfos, com terras e línguas novas perfeitamente estruturadas.
A grandeza da história está em colocar-nos perante os mesmos desafios da vida quotidiana. Em Minas Tirith, em Édoras, em Isengard podem-se encontrar tanto o homem bom como a corrupção, a traição e a fidelidade, a ganância e a entrega até à morte, as formas totalmente diferentes de exercer o poder de Gandalf e Saruman.
A grande saga sobre a eterna luta entre o bem e o mal coloca assim perante o espectador a pergunta sobre se o bem e o mal podem existir numa mesma pessoa ou dentro da mesma sociedade. O filme será hoje, para quem o quiser perceber, um relato épico situado num mundo fantástico, onde se fala da sobrevivência a um opressor e da luta do bem para triunfar definitivamente.

Fonte Ecclesia

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