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Os investimentos da Educação Cristã
2003-09-17 22:16:54

Agência ECCLESIA (AE) – Quais os grandes projectos ao nível da Educação Cristã?
Pe. Augusto Cabral (AC) – Tomei posse dia 16 de Setembro e o grande projecto que tenho passa pela continuação do trabalho dos meus antecessores. Apesar de reconhecer que há muito para fazer.


AE – Como por exemplo?
AC – Tentar que a catequese, a diversos níveis, seja ainda mais motivadora, evangelizadora e acolhedora. Uma tarefa nada fácil.
AE – Essa preocupação está relacionada com a revisão dos catecismos?
AC – Esse é um dos problemas. Ao nível da catequese temos que pensar em investir: em catecismos e em pessoas.
AE – Esse investimento nas pessoas tem sido esquecido?
AC – Não, basta ver os cursos de formação que foram feitos. Mas devemos continuar. Por outro lado, e ao nível da problemática da pastoral escolar, temos que contar com situações políticas que, muitas vezes, não são muito acolhedoras.
AE – Então podemos dizer que o Pe. Augusto Cabral que está no meio entre a política e as bases cristãs?
AC – Tenho consciência disso mas irei defender, com unhas e dentes, os valores cristãos. Se o valor político é um valor importante tal como o social e o cultural, o valor religioso também o é.

AE – Mas, muitas vezes, o valor religioso é esquecido intencionalmente.
AC – É verdade. Esquecido intencionalmente para dar lugar a outros valores. Não podemos é admitir que este valor não tenha lugar.
AE – Nesse aspecto não podemos esquecer o passagem, ao nível do 1º ciclo, das aulas de EMRC para a 26ª hora.
AC – Estão a complicar um problema mas nós percebemos o que eles querem. Pretendem colocar o valor religioso num patamar inferior. Em vez de acolherem, toleram...
AE – Mas no ponto de vista teórico ele é considerado importante?
AC – É um problema entre a teoria e a prática. E dou um exemplo: há políticos que são sumidades a falar e depois na prática...

AE – Isso também acontece no Ministério da Educação?
AC – Acontece em todos os ministérios. Mas a prioridade passa pelo caminho dos consensos.
AE – É um homem consensual?
AC – Considero-me como tal. Para mim, a relação humana é a maior arma e o maior instrumento de trabalho que a pessoa tem.
AE - Então é um apologista do trabalho em equipa?
AC – É um dos meus objectivos.

AE – A Nota da Comissão Episcopal da Educação Cristã para a Semana da Educação Cristã refere que os cristãos «faltam com demasiada facilidade à Missa Dominical». O que falha ou falhou para tal acontecer?
AC – Ou a desmotivação ou o ensino religioso não funcionou.
AE – Sendo natural do arquipélago dos Açores está preparado para enfrentar as novas realidades juvenis de Portugal continental?

AC – Apesar de viver nos Açores acompanhava as realidades. Estive até em vários secretariados diocesanos.
AE – Só com uma boa educação cristã a realidade sombria das vocações sacerdotais poderá ser ultrapassada.
AC – Irei tentar, com a minha equipa, construir uma boa educação cristã. E digo mais: na medida em que a fé cristã e a vida cristã sobe as vocações aumentam.

Fonte Ecclesia

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