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D. José da Cruz Policarpo
2001-02-21 21:26:16

No pequeno lugar de Pego, da freguesia de Alvorninha, concelho de Caldas da Rainha, nasceu José da Cruz Policarpo. Corria o ano de 1926 (26 de Fevereiro). Teve oito irmãos. Os pais amanhavam a terra e produziam cereais, vinho, azeite e fruta, numa época em que não havia subsídios aos agricultores.

O pai, José, era "um justo". Não ligou às críticas da terra por ter mandado estudar os filhos, a quem deu uma educação edificada na liberdade de escolha. Daí os seus diferentes percursos: uma irmã foi das primeiras enfermeiras pára-quedistas; um irmão tomou o rumo de África, outro ofereceu-se como voluntário. Ele, fixado na referência de um tio materno, seminarista dos Salesianos, chegou a estar inscrito para ingressar na sociedade fundada por D. Bosco. Mas o velho pároco da aldeia acabaria por o influenciar a ficar na diocese, e José entrou no Seminário de Santarém, sem nenhum processo de admissão que não fosse o da recomendação do prior. Depois de ter concluído o curso secundário nos seminários de Santarém e Almada, cursou Filosofia e Teologia no Seminário Maior de Cristo-Rei nos Olivais, em Lisboa, entre 1955-1961.
Foi ordenado presbítero pelo cardeal Cerejeira em 15 de Agosto de 1961. O patriarca de Lisboa viu no padre José Policarpo enormes potencialidades. Mandou-o para o Seminário de Penafirme, onde esteve cinco anos e foi professor, prefeito e director. E, em 1966, enviou-o para Roma a fim de estudar Teologia. Dois anos mais tarde, concluiu a licenciatura em Teologia Dogmática, com uma tese sobre "Teologias das religiões não cristãs" na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Regressa a Lisboa e, em 1970, é nomeado reitor do Seminário dos Olivais e inicia a docência na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP). A sua actividade fica desde então marcada pela ligação a duas instituições muito importantes para o Patriarcado de Lisboa: o Seminário dos Olivais e a Universidade Católica.

Homem profundamente tocado pelo Vaticano II, aberto ao mundo e à cultura, em 6 de Outubro de 1971, defende uma tese subordinada ao título "Sinais dos tempos - génese histórica e interpretação", inspirada na Constituição Gaudium et Spes, tendo-lhe sido conferido o grau de Doutor em Teologia. Nomeado bispo auxiliar de Lisboa, com o título de Caliábria, a 26 de Maio de 1978, manteve a docência e as responsabilidades de direcção na UCP. Aos 42 anos (29 Junho 1978) foi ordenado bispo na Igreja dos Jerónimos em Lisboa, pelo cardeal Ribeiro. Continuou a actividade na UCP, de que foi reitor entre 1988 e 1996. A 4 de Março de 1997 foi nomeado arcebispo coadjutor patriarcal. Um ano depois (24 de Março 1998), por morte do cardeal Ribeiro, é patriarca de Lisboa.

Fonte DN

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