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A reforma das aulas de religião na Espanha não gerou consenso político
2003-07-19 11:07:33

O arcebispo Antonio Cañizares, presidente da comissão episcopal espanhola do Ensino e Catequese, lamentou a atitude de alguns dirigentes socialistas que, após os diálogos mantidos entre Igreja e PSOE (Partido Socialista), se mostraram contrários a que a disciplina de Religião fosse equiparada ao resto das matérias docentes.

A reforma das aulas de Religião contou com a aprovação de «personalidades de máximo nível» do PSOE, afirmou o prelado. Ainda que não tenha citado nomes, assegurou que a reforma se pactuou «de maneira dialogada e consensual».
«Se houve depois recuo por parte de PSOE, deverá perguntar-lhes por que o fizeram», referiu. «Que digam publicamente que não querem liberdade religiosa nem formação humanista», convidou o arcebispo de Toledo, advertindo de que «um bem deve ser substituído por algo melhor».
As declarações do arcebispo de Toledo foram feitas ontem, durante uma conferência de imprensa celebrada na Casa da Igreja de Madrid, após as reuniões mantidas pelo Comité Executivo da Conferência Episcopal Espanhola (CEE).
Durante o encontro com os jornalistas, o porta-voz da CEE leu um comunicado no qual os bispos espanhóis expressaram sua satisfação pelo facto de que à disciplina de Religião – agora denominada «Sociedade, Cultura e Religião» - se conceda o mesmo nível que ao restante das disciplinas.
«Deste modo se faz mais efectiva para os católicos a liberdade religiosa no âmbito do ensino», apontam os prelados. Equiparar a disciplina de Religião ao restante das matérias «não se trata de um favor ou privilégio que o Estado outorga à Igreja», já que, como explicam os bispos, «responde ao estabelecido no Acordo sobre Ensino e Assuntos Culturais entre o Estado e a Santa Sé que estipula que o ensino da religião católica será oferecido “em condições equiparáveis às demais disciplinas fundamentais.”
Os bispos recordam igualmente na sua nota que «os alunos, ou seus pais, continuam a desfrutar da liberdade de optar ou não pelo ensino da religião e a moral católica».

Fonte Ecclesia

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