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44 novos Cardeais
2001-02-21 19:20:56

Sem a pompa de outros tempos, mas com a solenidade que a circunstância merece, o Consistório Público a que o Papa João Paulo II presidiu hoje, em Roma, criou 44 novos Cardeais. Entre eles, dois portugueses: D. José da Cruz Policarpo e D. José Saraiva Martins.

A pedido do próprio, o Patriarca de Lisboa recebeu o título cardinalício de Santo António dos Portugueses. Por seu lado, o Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos a diaconia de Nossa Senhora do Sagrado Coração.
Num dia de sol, a celebração decorreu excepcionalmente na primeira vez na Praça de S. Pedro. Depois das saudações iniciais, o primeiro cardeal da lista, João Baptista Re, Prefeito da Congregação dos Bispos, em nome dos novos Cardeais, dirigiu ao Santo Padre uma saudação de homenagem e gratidão, na qual enalteceu a figura de João Paulo II e a importância que tem para o mundo de hoje.
Depois da liturgia da Palavra, o Papa proferiu a sua homilia na qual sublinhou a importância do serviço que deve caracterizar toda a dignidade eclesiástica. Citando passagens do Evangelho de Marcos (tais como “quem de entre vós quiser ser grande terá que ser o vosso servo” e “o Filho do Homem não veio para ser servido para para servir”), o Papa referiu ainda o vínculo que une os cardeais ao Sucessor de Pedro, convidando-os a promover a comunhão a favor de toda a Igreja. “’Muitas partes’ da Igreja – afirmava o Papa esta manhã aos novos cardeais – encontram expressão em vós, que amadurecestes as vossas experiências em diferentes continentes e nos mais variados serviços ao Povo de Deus. É essencial que as partes que vós representais se recolham ‘num só todo’ através da caridade que é o vínculo da perfeição. Sois hoje constituídos cardeais – prosseguiu João Paulo II – para vos empenhardes, no que é da vossa competência, em fazer crescer na Igreja a espiritualidade da comunhão”. Recordando aos Cardeais criados o facto de serem os primeiros do novo milénio, o Papa convidou-os a “fazerem-se novamente ao largo”, na linha da sua recente Carta Pastoral, “Novo Millenio Inuente”.
Após a homilia do Papa, os Cardeais fizeram a sua profissão de fé e o juramento de fidelidade, recebendo depois das mãos de João Paulo II o barrete cardinalício com o respectivo título ou diaconia.
A celebração, no esquema da liturgia da palavra, prosseguiu com a oração universal, terminando com a bênção papal e uma antífona mariana.
Nesta tarde, todos os cardeais recebem os cumprimentos dos familiares e amigos, o que acontece não mera informalidade, antes por obedecer a uma antiga tradição romana (como pode constatar quem se abeirou das bancas dos jornais da cidade de Roma, o diário do Vaticano “L’Osservatore Romano” informa há já alguns dias os locais onde se encontram os diferentes cardeais para esta recepção de cumprimentos). Estas visitas de cumprimentos, na linguagem do Vaticano, são chamadas “visitas de calor”.
Depois das cerimónias de hoje, que constituem o chamado “Consistório Secreto”, seguirá amanhã o “Consistório Público” que consistirá numa celebração eucarística na Praça de S. Pedro, na qual o Santo Padre dará a cada Cardeal o respectivo anel.


Fonte Ecclesia

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