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CONCLUSÕES GERAIS DO 22º COLÓQUIO EUROPEU DE PARÓQUIAS
2003-07-14 21:38:21

22º COLÓQUIO EUROPEU DE PARÓQUIAS
FRIBOURG (Suíça) – 6 a 10 de Julho de 2003
Paróquias: experiências de hoje e perspectivas para o futuro

CONCLUSÕES GERAIS

O 22º Colóquio Europeu de Paróquias teve lugar em Fribourg (Suíça), de 6 a 10 de Julho de 2003, e reuniu 240 participantes vindos de treze países, para debater o tema Paróquias: experiências de hoje e perspectivas para o futuro. Constata a permanência da estrutura paroquial no meio das transformações da sociedade contemporânea. Ao mesmo tempo, a paróquia continua a evoluir, para responder aos desafios do tempo. Esta evolução faz já emergir novas formas de acção e de colaboração.


1. Mudanças sociais e culturais
A Fé vive-se simultaneamente na Igreja e na sociedade. A paróquia não se situa fora do mundo, faz parte dele. As mudanças sociais e culturais afectam todo o tecido social. É assim que o individualismo, a sociedade de consumo, o “zapping”, uma religião servida à lista, a transformação da estrutura familiar, os diferentes modos de pertencer à Igreja, etc. transformam as relações entre as pessoas e a paróquia, bem como as relações da paróquia com a sociedade e o mundo. Esta evolução gera novas necessidades que requerem novas iniciativas.

2. As tensões e as polaridades
A vida é marcada por polaridades: homens e mulheres, Igreja e mundo, pobres e ricos, jovens e velhos, etc. A paróquia abarca todo o povo do seu território com o conjunto das suas polaridades. Ela é um lugar onde coabitam as diferenças, com tensões que esperamos sejam mais fecundas do que mortíferas.

3. A busca de sentido, a procura espiritual e a oração
A vida do homem coloca-lhe interrogações sobre o sentido dos seus actos. Ele tenta responder a essa necessidade pela procura espiritual e pela oração. Os cristãos fazem a experiência de como a fé em Jesus Cristo dá sentido aos acontecimentos das suas vidas. Para ler os acontecimentos, eles têm necessidade:
- de reconhecer que Deus é o Senhor da História;
- de receber ajuda para interpretar a realidade à luz da Escritura;
- de encontrar testemunhos vivos de Jesus Cristo;
- de encontrar pessoas que sejam capazes de enfrentar os desafios da sociedade: bioética, ética social, compromisso político, arte e cultura, etc.
- de lembrar que o primeiro sentido da vida, segundo o Evangelho, é amar os homens e as mulheres reais, e de cuidar de não excluir ninguém.
4. A relação como essência da pastoral Os cristãos tomam cada vez mais consciência de que a paróquia é chamada a ser um lugar de encontro, de fraternidade, de diálogo, de reconciliação, etc. Ela leva a esta experiência nas relações dos homens e mulheres entre si, mas também no seu encontro com Deus. Na paróquia, os cristãos fazem a experiência de que a fé toma corpo na sua existência quotidiana. Isto verifica-se na constituição de grupos de palavra e de permuta, de partilha bíblica, de oração e reflexão sobre a fé. Neste sentido, a paróquia, como lugar da pastoral territorial, é lugar privilegiado da proposta, do anúncio e da estruturação da fé. A paróquia é para as pessoas, lugar de passagem, de mudança, de progresso. Esta definição torna-a modestamente generalista, federativa, geradora de laços. Pela sua situação no terreno, pela sua visibilidade material, ela leva ao “entusiasmo pelo que é vulgar”. 5. A relação como essência da pastoral
Os cristãos tomam cada vez mais consciência de que a paróquia é chamada a ser um lugar de encontro, de fraternidade, de diálogo, de reconciliação, etc. Ela leva a esta experiência nas relações dos homens e mulheres entre si, mas também no seu encontro com Deus. Na paróquia, os cristãos fazem a experiência de que a fé toma corpo na sua existência quotidiana. Isto verifica-se na constituição de grupos de palavra e de permuta, de partilha bíblica, de oração e reflexão sobre a fé. Neste sentido, a paróquia, como lugar da pastoral territorial, é lugar privilegiado da proposta, do anúncio e da estruturação da fé. A paróquia é para as pessoas, lugar de passagem, de mudança, de progresso. Esta definição torna-a modestamente generalista, federativa, geradora de laços. Pela sua situação no terreno, pela sua visibilidade material, ela leva ao “entusiasmo pelo que é vulgar”.

6. A cooperação entre leigos e padres
Aos Conselhos Pastorais, nascidos já há alguns anos, vieram juntar-se as Equipas de Animação Pastoral (EAP). Elas marcam uma nova partilha do trabalho pastoral entre leigos e padres. Sente-se bem a importância desta evolução num futuro próximo, quer nas mentalidades quer nas estruturas. Estas evoluções devem-se em grande parte à diminuição do número de padres. Mas a diminuição global do número de cristãos que se constata na Europa, nestes últimos anos, inquieta ainda mais quanto à viabilidade desta fórmula. Todavia, a colaboração vivida nas EAP parece mais fecunda do que o exercício solitário da responsabilidade.

Fonte Ecclesia

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