paroquias.org
 

Notícias






Português nas audiências gerais: a solução é registar os peregrinos na Casa Pontifícia
2003-07-03 21:47:45

O Pe. Ferreira da Costa, português a trabalhar na Secretaria de Estado da Santa Sé, assegura que a língua portuguesa não foi omitido nas audiências gerais de João Paulo II.

“O português não foi esquecido nem passou para segundo lugar, há uma nova norma que deriva da limitação da saúde do Santo Padre”, defende.
Durante algum tempo João Paulo II saudou “os grupos portugueses que porventura se encontrem aqui” dirigindo-se aos fiéis presentes, mas há duas semanas foi decidido que o Papa irá deixar de falar em Português nas audiências das quartas-feiras, se não houver registo de peregrinos lusos na Casa Pontifícia. O Pe. Ferreira da Costa insiste que esta situação deriva “da falta de saúde de João Paulo II, que obrigou a abreviar o tempo da audiência para 50 minutos”.
“Alguma coisa tem de ser cortada. Quando se verifica que não há peregrinos de língua portuguesa, ela é excluída do discurso”, acrescenta.
A presença de peregrinos portugueses constitui muitas vezes uma incógnita para os responsáveis da Santa Sé, revela o Pe. Ferreira da Costa: “não sei como conseguem os bilhetes nem se se fizeram anunciar, mas o certo é que na prefeitura da casa pontifícia não constam esses grupos, o que para efeitos do discurso do Papa é igual a não estar lá nenhum grupo de língua portuguesa”, revela. Uma chamada de atenção para o futuro que este responsável deixou discretamente.

AGÊNCIAS DE VIAGENS DESCUIDADAS
O Pe. Armando Ribeiro, encarregado da edição em língua portuguesa de “L’Osservatore Romano” aponta o dedo à maneira como são organizadas as deslocações dos peregrinos à Praça de São Pedro. “As agências de viagens não se importam muito com a audiência da quarta-feira e muitos peregrinos nem sabem que ela existe. Quando as pessoas não se inscrevem é impossível saber se há ou não grupos portugueses e o Papa não pode preparar a saudação”, explica.
O sacerdote português lança mesmo um apelo aos responsáveis diocesanos: “eu não posso colocar um aviso no jornal, mas aí em Portugal podem e devem, de modo a chamar a atenção das agências de viagens para que proporcionem aos visitantes e peregrinos o encontro com o Papa. É preciso motivar este turismo religioso, porque Roma é também um lugar da Religião”, conclui.

Fonte Ecclesia

voltar

Enviar a um amigo

Imprimir notícia