paroquias.org
 

Notícias






Só do trabalho digno renasce a esperança
2003-04-27 10:13:13

Nos últimos dois anos, houve um aumento de 20 milhões de desempregados em todo Mundo. Como alerta o Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos (MMTC), na sua mensagem para o 1.º de Maio deste ano, o desemprego e o subemprego continuam a aumentar, "devido à automatização a que recorrem as empresas para aumentar os seus lucros em detrimento os trabalahdores e trabalhadoras".

"O despedimento converteu-se, em numerosas empresas, num meio desapiedadamente utilizado para diminuor os gastos de exploração", confirma o MMTC. "Servem-se dele quando alguns sectores de uma empresa deixam de ser rentáveis ou apresentam menos lucros que outros; de igual modo, quando se torna possível deslocalizar o trabalho com o fim de pagar salários menos elevados ou para beneficiar de regulamentos menos exigentes de protecção de trabalhadores".
O MMTC, pondo o dedo na ferida, confirma também que "o medo do desemprego e do subemprego é utilizado, igualmente, como instrumento de pressão para forçar os trabalhadores e trabalhadoras a que aceitem condições e salários que anulam as leis em vigor e as convenções colectivas".
Com tal denúncia, o MMTC, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho, exige "empregos suficientes para todos e todas", com "a possibilidade de um rendimento suficiente que lhes garanta, bem como às suas famílias, uma vida digna". Também " a criação de uma protecção social e de uma segurança social satisfatórias que lhes garantam uma vida digna", mesmo quando o desemprego os priva, a eles e elas, e respectivas famílias, do "rendimento garantido por um trabalho remunerado".
Os trabalhadores não são, de facto, meros bens económicos a quem se explora se dão lucro e que se deitam fora quando já não fazem falta.
Em Portugal, a Liga Operária Católica (LOC) integra o Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos. Na sua mensagem para o 1.º de Maio, a LOC/MTC, com a sua campanha por "um trabalho justo, digno e reconhecido para todos", denuncia o desemprego, o encerramento e a deslocalização de empresas e a diminuição de salários. Acrescenta a essas preocupações legítimas, as "novas leis do trabalho (que) vêm retirar aos trabalhadores instrumentos essenciais de defesa", e, ainda, o Rendimento Social de Inserção que "mostra a
falta de sensibilidade social deste Goveno e a tentativa de culpabilizar os mais fracos pelos males da sociedade".

Fonte JN

voltar

Enviar a um amigo

Imprimir notícia