 |
Notícias
|
|
|
Papa apela ao perdão durante a Quaresma
2001-02-11 12:50:13 A mensagem de João Paulo II para a Quaresma de 2001, dedicada ao tema "A caridade não tem em conta o mal recebido" - uma expressão da primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, em que o perdão é vivido como uma das formas mais elevadas para o exercício da caridade - foi ontem divulgada no Vaticano.
O Papa considera esta Quaresma "uma ocasião propícia para uma profunda revisão da vida neste mundo contemporâneo". E solicita a todos o perdão aos inimigos como a mais pura e profunda forma de caridade.
Um perdão que deve ser entendido como um desafio à reconciliação, quando de novo se acentuam "numerosos e trágicos conflitos a nível nacional, com lutas fraticidas e a nível internacional com uma espiral sempre maior de ódio e violência".
Reconciliação implica um testemunho coerente de comunhão e de solidariedade, "por vezes, problemático quando existe culpa na origem, quase uma humilhação irracional, se a culpa é do outro", mas que, segundo o Papa João Pauilo II é a forma mais sublime da caridade. Monsenhor Paul Cordes, presidente do Pontifício Conselho Cor Unum - a fundação do Vaticano que gere as ofertas feitas à Santa Sé pelas paróquias do mundo inteiro e ao próprio Papa - anunciou ontem também a decisão de tomada por João Paulo II de doar as ofertas feitas pela municipalidade de Milão (cerca de mil milhões de liras) para um projecto de assistência e ajuda espiritual e material das 2000 vítimas de sida no Uganda, que foram entregues aos cuidados e curas de Meeting Point, a organização não-governativa de ajuda no Uganda.
Uma organização dirigida por Rose Busingye, natural de Kampala, no Uganda, que recolhe as crianças orfãs, cujos pais morreram de sida.
"Nos dias santos da Quaresma, as ofertas assumem um valor muito significativo, porque não se trata de dar algo de supérfulo para tranquilizar a própria consciência, mas porque representam um gesto de carregar de algum modo nos próprios ombros, toda a miséria que existe no mundo", escreveu o Papa João Paulo II na sua mensagem aos católicos para este ano.
Fonte DN
|
voltar
|
|
|
