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As dimensões do Domingo
2003-03-12 22:19:41

“A sociedade economicista em que vivemos não pode impedir a vivência do Domingo” - esta a ideia base que esteve por detrás da realização das Jornadas Arciprestais de Penalva do Castelo, Diocese de Viseu, nos dias 8 e 9 de Março.

Viver o Domingo não passa só pela ida à missa. Às famílias são sugeridas várias formas de viver o Dia do Senhor. “O Domingo é fundamental na vida dos cristãos”, afirmou o Pe. Delfim Cardoso à Agência ECCLESIA enquanto o Pe. Nuno Almeida manifestava a sua preocupação “pelo fim de semana estar a sobrepor-se ao Domingo”. A marca cristã deste dia está “a desaparecer”.
No Salão dos Bombeiros Voluntários daquela localidade, cerca de uma centena de participantes tentaram encontram a justificação para este decréscimo de importância do Domingo. E neste contexto, o Pe. Delfim Cardoso refere que “não podemos fugir à realidade da sociedade em que estamos” porque “é necessário garantir os serviços mínimos em todas as áreas”. Nestas circunstâncias “são esquecidas outras dimensões que deram origem à vivência do Domingo” – adianta o Pe. Nuno Almeida. Dimensões “que não passam apenas pela ida à Missa” como afirmou Horácio de Barros, um catequista da terra e o Responsável pela Pastoral Familiar mas “viver em comunidade, visitar os doentes” são outras formas de viver o Dia de Domingo.
E numa zona onde a população caminha a passos largos para o envelhecimento, a aposta passa por cativar a juventude para a igreja. Uma tarefa nada fácil para João Evangelista, Responsável pela Catequese em Penalva do Castelo. “Os jovens têm muitas solicitações” justifica. Segundo este responsável os pais têm aqui uma palavra a dizer. Os filhos não frequentam a igreja se os pais também não frequentarem. Então há que tentar outros meios. Se os pais não trazem os filhos à Igreja porque não fazer com que sejam os filhos a trazer os pais à Igreja? Em Penalva do Castelo decorre neste momento uma experiência destas. Um Sábado por mês celebra-se a missa das crianças e “conseguimos trazer pais, avós e primos uma vez que atrás das crianças vem toda a família”, afirma com orgulho João Evangelista.
E como dizia o prospecto das Jornadas “nem só de pão vive o homem”. É preciso dar lugar à gratuidade, à igualdade, à liberdade e à fraternidade e aprendermos a dar prioridade ao ser antes do ter, numa sociedade que prima pelo materialismo. Desafios à Pastoral deste arciprestado, onde a família cristã luta contra a corrente de uma sociedade onde o religioso parece ficar de fora da escala da produtividade e da rentabilidade.


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