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AS IGREJAS DE JERUSALÉM, BAGDADE E SARAJEVO DIZEM NÃO À GUERRA
2003-03-11 20:29:41

“Neste momento de preocupação internacional, sentimos todos a necessidade de nos voltarmos para o Senhor e implorar o grande dom da paz”.

Nós, os pastores da Igreja cristã em Jerusalém, em Sarajevo e também no Iraque, fazemos nossas estas palavras angustiadas do Papa, e queremos unir as nossas vozes à sua para pedir a paz, dom de Deus, procurada por todos os homens e todas as mulheres da terra.
A nossa voz é fraca, mas queremos ser a voz das nossas gentes que sofreram e continuam a sofrer com a guerra, a opressão e a injustiça, e que vivem na nossa terra e se tornaram tragicamente o símbolo do sofrimento, não só em anos anteriores, mas ainda hoje.
As nossas cidades não são todas cidades santas como Jerusalém, e ainda menos cidades católicas, mas são certamente cidades mártir.
Nós que vivemos e continuamos a viver a tragédia da guerra, queremos dizer ao mundo inteiro, e sobretudo aos poderosos da terra: não tomem o caminho da guerra, porque é um caminho sem saída. A paz é o único caminho a percorrer, a única direcção obrigatória.
Não há violência, não há terrorismo, não há guerra que não traga consigo outras violências, ódios, destruições, sofrimentos e mortes.

- Cristo é a nossa paz. É o Evangelho da paz que deve iluminar os nossos corações e guiar as nossas opções para que estas signifiquem uma recusa total da violência e da guerra.
- Dirigimo-nos a todos, crentes ou não, homens e mulheres de boa vontade, e sobretudo aos que têm a responsabilidade e o poder de decidir o futuro, para que façam prevalecer o bom senso e o diálogo, recordando que "a guerra é uma aventura sem retorno". Também nós dizemos com o Papa: "Não à guerra! A guerra é sempre uma derrota da humanidade".
- Se a guerra é destruição e morte, as consequências que a guerra traz consigo não são inevitavelmente menos trágicas: divisões, ódios e muitos refugiados. Estão diante dos olhos do mundo os milhões de refugiados da Bósnia e de toda a ex-Jugoslávia; as condições infra-humanas dos Palestinianos, refugiados nas suas próprias terras ou em terras estrangeiras. E, em caso de guerra, quantos serão os refugiados do Iraque, que irão juntar-se aos que já procuraram uma esperança de vida fugindo dessa terra sangrada pela guerra e pelo embargo há muitos anos?
- Sabemos que em cada lugar do mundo se multiplicam os encontros de oração e os momentos de manifestação civil e pacífica para invocar a paz. Isto é motivo de grande esperança, esperança em Deus que escuta sempre a oração dos pequenos, dos pobres e dos indefesos. Não nos deixem sós, pois o mundo tem hoje necessidade de construir esta esperança.


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