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LUXO INCENTIVA CONFISSÕES
2003-03-04 08:27:16

A Igreja Católica está a procurar incentivar os fiéis a aderirem com mais frequência ao sacramento da reconciliação. Algumas paróquias têm avançado com inovações nos confessionários por forma a criar condições para que as pessoas se sintam mais à - vontade para revelar os seus erros e até partilhar problemas.

«É importante que as pessoas se sintam bem onde quer que estejam, por isso entendemos propiciar as melhores condições de acolhimento nos confessionários», explicou Monsenhor Silva Araújo, reitor da Basílica dos Congregados, onde funciona um dos centros de confissões mais frequentados da cidade de Braga.

O conforto, a privacidade e o anonimato são algumas das exigências mais relevantes na nova concepção dos espaços disponibilizados pela Igreja para as pessoas poderem confessar os pecados e «recuperar a amizade com Deus».

«Há que reconhecer que a confissão não é um acto fácil para ninguém, porque significa o reconhecimento das nossas asneiras, e isso até a mim me custa», refere Silva Araújo, justificando a aposta nas condições de acolhimento dos confessionários.

Nos Congregados, os confessionários dispõem de aquecedores, assentos almofadados e isolamento de som. São compartimentos fechados onde confessor e «confessado» não se vêem. Quando o sacerdote entra, acende-se uma luz verde, que passa a vermelha sempre que haja alguém a confessar-se. A importância da privacidade e do anonimato levaram também a que as paróquias tenham passado a convidar sacerdotes de fora para as confissões que se realizam aquando do Lausperene na freguesia.

PSIQUIATRAS COM MENOS TRABALHO

Em defesa da importância da confissão, o reitor da Basílica dos Congregados destaca que, para além do lado estritamente religioso ligado ao perdão dos pecados, este sacramento está a revelar-se cada vez mais valioso ao nível da dimensão humana, enquanto excelente meio de catarse dos problemas das pessoas. «Muitas vezes, os fiéis aproveitam a confissão para conversar e trocar ideias, assim como para resolver problemas de consciência e situações que a pessoa sozinha não consegue ultrapassar», afirma Silva Araújo.

Realça, aliás, que «quando os padres confessam menos, é quando os psicólogos e os psiquiatras têm mais trabalho». Na Basílica dos Congregados existe já um espaço – comparável a uma pequena sala de estar, com sofás – onde sacerdote e leigo podem conversar. Procurando dar continuidade ao novo impulso registado em Braga, o próprio novo Deão do Cabido da Sé Primacial decidiu já reabrir um centro de confissões na catedral. O mesmo vai acontecer na renovada Igreja da Misericórdia, cuja inauguração terá lugar em Maio. São estruturas que se juntarão às existentes na Capela das Teresinhas e na Igreja do Carmo.

Fonte CM

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