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Diplomacia do Vaticano pela Paz
2003-02-27 19:20:14

Depois de Aziz, Anan, e Blair foi desta vez o primeiro-ministro espanhol a visitar do Vaticano. José Maria Aznar escalava Roma e na cidade eterna o Vaticano estava na sua agenda. É público que a Espanha alinha com os interesses Norte Americanos, porém confia numa decisão em sede das Nações Unidas. Nesta questão há sintonia com o Vaticano que não reconhece legitimidade a uma intervenção armada desenquadrada das resoluções do Conselho de Segurança.

Através de Aznar, João Paulo II enviou um pedido a todos as partes para que tomem decisões justas e empreendam iniciativas pacíficas e eficazes conforme a justiça e inspiradas no direito internacional e nos valores éticos.
Hoje foi um dia intenso na agenda diplomática do Papa. Para além de Aznar, também Mohammad Reza Khatami se encontrava com o Papa. O vice-presidente da Assembleia Consultiva Islâmica do Irão era portador de uma mensagem do presidente Katami e abordou com JPII a necessidade de se salvaguardar a paz no Médio Oriente. Desta vez o diálogo não esqueceu a situação das comunidades católicas no Irão. A troca de opiniões foi classificada como profícua.
Para além das personalidades que o Papa recebia, também os 177 países creditados junto da Sé Apostólica reuniam à porta fechada com o Arcebispo Jean-Louis Tauran. O Secretário para as Relações com os Estados informou os representantes diplomáticos sobre a posição defendida pela Igreja Católica em relação aos últimos desenvolvimentos desta crise internacional.
Entretanto, e à margem da diplomacia oficial do Vaticano, diversas organizações e instituições da Igreja Católica têm vindo a emitir apelos em favor da paz e no sentido de uma resolução diplomática do conflito. É o caso da Igreja presente nas cidades de Jerusalém, Sarajevo e Bagdade - também elas marcadas pelo flagelo do conflito armado - o Patriarca Latino de Jerusalém, o Arcebispo de Sarajevo e o Patriarca da Babilónia dos Caldeus juntam-se a João Paulo II no chamamento à paz no presente contexto internacional. A comunidade dominicana de Bagdade apela também à paz, denunciando o sistema de sanções em vigor que está a causar a morte de milhares de inocentes que se vêem privados dos bens essenciais à sua sobrevivência.
A Igreja está também a desenvolver o diálogo com o islão, contrariando assim esse conflito civilizacional que muitos profetizam. No encontro com os Bispos da região do Norte de África, o Papa chamou a atenção paras as dificuldades que o caminho da paz tem encontrado e encorajou os Bispos da Argélia, Marrocos, Tunísia e Líbia a prosseguir “dia após dia, como uma prioridade” os encontros inter-religiosos, de modo a contrariar as desconfianças e medos instalados.
Entretanto, e segundo notícia do jornal espanhol “El Mundo”, João Paulo II está em vias de enviar a Washington “um velho amigo da família Bush”. Trata-se do Cardeal Pio Laghi, que representaria mais uma tentativa do Vaticano para deter a contagem decrescente de um possível ataque ao Iraque.

Fonte Ecclesia

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