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Templo de volta 80 anos depois
2001-01-21 18:58:37

Os moradores de Barcarena, no concelho de Oeiras, recuperaram ontem a Capela de São Sebastião, que esteve encerrada durante mais de 80 anos. O imóvel, considerado um dos mais antigos do concelho, funcionou como igreja paroquial no século XVIII, acolhendo os ofícios religiosos após o terramoto de 1755.

Não se sabe ao certo quando é que o templo foi construído. A primeira referência que permite efectuar a sua datação é uma laje sepulcral integrada no pavimento, que aponta o ano de 1599. Sabe-se, por outro lado, que o imóvel foi utilizado como local de culto até 1920.
O restauro da capela custou 50 mil contos e consistiu em trabalhos de reposição da cobertura e reparação de revestimentos exteriores. A pintura das paredes do altar e de elementos da talha constituiu os arranjos interiores. "Foi uma obra desejada durante muitos anos pelos residentes", contou o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, durante a cerimónia de inauguração e benção da capela, que contou com a presença do bispo auxiliar de Lisboa, D. José Alves.

No roteiro de Oeiras
Apesar de ser um local público, o imóvel continuará a chamar-se capela e não igreja, porque "esse é o seu nome popular", segundo explicou D. José Alves, para quem esta obra é de "extrema beleza".
O arranjo da capela de S. Sebastião de Barcarena não foi pacífico. Após ter aguardado mais de sete anos pela resposta do Ministério da Cultura e do IPPAR, a Câmara Municipal de Oeiras decidiu avançar sozinha. "É fundamental que a cultura seja descentralizada no que que diz respeito à recuperação do património edificado", sustentou Isaltino de Morais, acrescentando que se estão a construir novos locais de culto por todo o país e se esquecem os que já existem e que fazem parte da história dos municípios e das populações.
No interior da capela, destaca-se um púlpito e uma pia de pedra do século XVIII, descritos como um excelente trabalho de escultura, e um silhar de azulejos de finais do mesmo século e princípios do século XIX.
A relevância turistico-cultural do monumento permitiu que este seja integrado num roteiro oeirense, do qual fazem parte a recuperada Fábrica da Pólvora e diversas quintas de recreio de carácter histórico.

Fonte JN

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