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A Vida Consagrada, uma realidade maior do que a visível
2003-01-30 17:13:04

Na história da Igreja a Vida Consagrada ocupou sempre um lugar de relevo na obra da evangelização. Também hoje ela se faz peregrina, caminha ao lado de todas as pessoas, partilha as suas necessidades, anima o seu coração com o amor recebido na contemplação do rosto de Cristo, numa diversidade de carismas que muitas vezes é incompreendida.

A Vida Consagrada na Igreja é um fenómeno que diz respeito a toda a comunidade cristã. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Vita Consecrata referia que “a Vida Consagrada está no coração da Igreja, como elemento decisivo para a sua missão, porque exprime a íntima natureza da vocação cristã”. Nem sempre é fácil perceber o que representa na Igreja a Vida Consagrada: a profissão dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência revelam traços fundamentais da figura de Jesus e têm por fim torná-los visíveis a todos. Aliás, “é pelo testemunho que ganhamos credibilidade”, assevera a Ir. Maria Manuel Oliveira, presidente da FNIRF, que não vê nos diferentes carismas uma descaracterização da Vida Consagrada: “o ensino, a educação, a vida paroquial ou a vida contemplativa são formas de a Vida Consagrada estar totalmente ligada à vida da Igreja”. A diversidade de carismas na Igreja “faz parte da infinita riqueza de Deus”, confirma o Pe. Amadeu Pinto, presidente da CNIR, que aproveita a questão do momento para se fazer entender melhor: “na Vida Consagrada não há clonagem”.
As dificuldades com que hoje se enfrentam as pessoas consagradas assumem múltiplas feições, sobretudo se levarmos em conta os diversos contextos culturais nos quais elas vivem. A diminuição dos membros em muitos Institutos e o seu envelhecimento, evidente nalgumas partes do mundo, fazem surgir a pergunta se a vida consagrada seria ainda um testemunho visível, capaz de atrair os jovens. Podemos perguntar-nos: qual será o lugar reservado às formas tradicionais de vida consagrada, que em Portugal têm cerca de 8000 membros? “O impacto da Vida Consagrada e Portugal é maior do que o que se vê; basta pensar nas muitas instituições que estão confiadas aos Institutos de Vida Consagrada”, afirma o Pe. Amadeu Pinto. Os dois presidentes mostram confiança no futuro, cimentada por uma constatação comum: “as pessoas que entram nos Institutos, hoje em dia, são adultas, já tinham tudo organizado e mesmo assim deixaram-se tocar pelo fascínio desta vida”. Missionários, contemplativos, dedicados a obra de carácter social ou de apostolado, os Consagrados deixam uma marca facilmente reconhecível na nossa Igreja.

Fonte Ecclesia

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