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Tertúlia sobre a recepção do Concílio Vaticano II
2002-11-27 21:53:36

No dia 11 de Dezembro, a Associação de Estudantes da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa - Braga promove uma Tertúlia sobre a recepção do Concílio Vaticano II, pelas 21h30, no salão nobre da instituição. Os intervenientes, em princípio, serão : D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz; Dr. Manuel Costa Santos, Dr. António Luís Esteves (moderador), Doutor José da Silva Lima (Professores da Faculdade de Teologia).

Celebraram-se os 40 anos da inauguração do Concílio Ecuménico (11 de Outubro de 1962). Da mesma forma, dever-se-á recordar os 37 anos do encerramento, a 8 de Dezembro de 1965. De facto, Paulo VI tinha razão quando, no discurso da penúltima Sessão Conciliar, afirmou: “esse fim, melhor lhe chamaríamos princípio de muitas coisas.”

Se à “revolução copernicana” na concepção da Igreja e no seu diálogo com o mundo (Lumen Gentium e Gaudium et Spes). Juntarmos a centralização da vivência cristã na Escritura (Dei Verbum). E acrescentarmos a Declaração sobre a Liberdade Religiosa (Dignitatis Humanae) que “foi a última a ser aprovada e aquela que causou mais discussão” – palavras do bispo emérito de Aveiro, D. Manuel Almeida Trindade, padre conciliar. Percebe-se, assim, a complexidade e o progresso do “maior acontecimento religioso do século XX”.

As Constituições, Decretos e Declarações rejuvenesceram: a exegese, a teologia e a pastoral da Igreja. Contudo, nem todo o amanhecer tem sido esperado desde o início da chamada primavera da Igreja. Ainda durante a preparação para o Jubileu de 2000, João Paulo II, na Carta Apostólica Tertio Millennuio Adveniente, nº 36, questiona a recepção do Concílio: “Em que medida a Palavra de Deus se tornou mais plenamente a alma da Teologia e inspiradora de toda a existência cristã? É vivida a liturgia como «fonte e cume» da vida eclesial?” A Igreja é sinal de comunhão, onde “todos temos a mesma dignidade e a mesma vocação”? Como está a relação aberta, respeitadora e cordial da Igreja com o mundo?
Evocar este “dom do Espírito Santo” - Vaticano II - é também “fazer memória de quem foi mártir pela renovação” e verificar que também originou “experimentações pouco congruentes e de efeitos nocivos”, atentam os professores Esteves e João Duque, respectivamente (in Diário do Minho, 12 de Outubro de 2002).

Do pré-concílio ao pós-Concílio. Da Igreja em geral à Igreja bracarense. Da polémica ao consenso. Da actualidade à necessidade de um novo Concílio. Da superação ao projecto inacabado do Vaticano II. A Tertúlia promete ser uma voz do profeta da esperança que ergueu um “facho da verdade religiosa”, João XXIII.


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