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Presidente do Parlamento Timorense visitou Fátima
2002-11-24 11:17:31

O Presidente do Parlamento Nacional da República Democrática de Timor-Leste, Senhor Francisco Guterres “Lú Olo" fez-se hoje, dia 23 de Novembro, peregrino de Nossa Senhora de Fátima.

A sua visita ao Santuário de Fátima foi uma iniciativa de cariz privado e inseriu-se na estadia desta figura política timorense na sua visita a Portugal, a convite do Presidente da Assembleia da República Portuguesa, Dr. Mota Amaral.
A comitiva foi recebida, pelas 15h30, no salão nobre da Reitoria do Santuário. Coube ao P. Clemente Dotti dar as boas vindas a esta individualidade, em representação de Mons. Luciano Guerra, reitor do Santuário de Fátima.

Nesta recepção, o senhor Francisco Guterres declarou que «está muito grato aos portugueses, pelas suas orações neste lugar (Fátima), pois no período em que mais precisaram sempre rezaram por Timor Leste, fazendo com que eles (guerrilheiros) sentissem, nas montanhas, a protecção de Nossa Senhora».
Após a troca de saudações, seguiu-se a entrega de algumas lembranças aos visitantes, por parte do Santuário. Os parlamentares foram agraciados com uma medalha oficial do Santuário, em prata; um rosário e um álbum fotográfico acerca da visita do Papa João Paulo II a Fátima.
À saída do salão nobre, a comitiva foi surpreendida por um grupo de jovens timorenses que, em Fátima, na congregação das Escravas da Santíssima Eucaristia e da Mãe de Deus, aspiram a tornar-se religiosas.

Em seguida, realizou-se uma visita à Capelinha das Aparições, Basílica e túmulos dos Beatos Francisco e Jacinta Marto.
Na Capelinha das Aparições, Francisco Guterres, o deputado timorense Feliciano Fátima e o seu assessor político, Harold Moucho subiram ao altar e diante da imagem de Nossa Senhora, ajoelharam e rezaram em silêncio durante alguns minutos.
Interrogado, sobre quais foram as suas preces diante da imagem, o presidente do Parlamento timorense respondeu que «primeiramente agradeci a Nossa Senhora a paz e o apoio que tem dado à minha nação, e depois, pedi o progresso para o meu povo».

A propósito da tão insistente referência à paz, lançamos a questão de como reagiu a sociedade timorense aos atentados em Bali, Indonésia e às ameaças de ataques terroristas a interesses portugueses em Timor Leste. A resposta foi a seguinte: «Timor reagiu com imensa pena e solidariedade, pois sofreu 24 anos de ocupação e martírio. O nosso coração ficou esmagado, ao ver o que os sentimentos egoístas de alguns podem fazer, mas não acredito que possam haver atentados em Timor Leste».
Ainda, como católico, e não como presidente do parlamento, manifestou muito alegria ao anunciar-se a criação de uma terceira diocese em Timor Leste e a consequente existência de uma Conferência Episcopal Timorense.
No fim da sua visita apenas desabafou: «uma visita rápida, mas profundamente sentida».

Sérgio Carvalho


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