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Revisão pacífica da Concordata
2002-10-26 11:24:19

D. Edoardo Rovida foi núncio apostólico em Portugal desde 1993. Agora, aos 75 anos de idade, vai deixar essa missão diplomática.
Chefiou a delegação da Santa Sé na renegociação da Concordata com o Estado Português, mas a nova Concordata, provavelmente, já será assinada pelo seu sucessor, D. Alfio Rapisarda, que vem da Nunciatura em Brasília para a de Lisboa.


O ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas, António Martins da Cruz, distinguiu o núncio apostólico D. Edoardo Ravida com as insígnias da condecoração que lhe foi conferida pelo presidente da República, Jorge Sampaio, a Grã-Cruz da Ordem de Cristo, em sinal do apreço pelo seu trabalho no reforço das relações entre Portugal e a Santa Sé.

O ministro Anónio Martins da Cruz lembrou que "Portugal é hoje um Estado laico. Mas é inegável que a maioria da população portuguesa professa a religião católica ou se acolhe à Igreja em momentos determinantes da sua vida».
Passados 62 anos da Concordata ainda em vigor, chegou a hora da sua revisão, o que está a ser pacífico para o Estado como para a Santa Sé, ambos a quererem adaptá-la aos novos sinais dos tempos.

Nova Concordata desperta expectativa na sociedade
portuguesa

A expectativa pela nova Concordata não é exclusiva da Igreja Caólica em Portugal, mas de outras igrejas ou confissões cristãs e, mesmo, de outras religiões, nesta sociedade democrática e pluralista, que consagra constitucionalmente a liberdade religiosa.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, como dissse esta semana, ao condecorar o núncio D. Edoardo Rovida, espera abordar o andamento da renegociação da Concordata em Dezembro próximo, quando se encontrar, no Porto, com o secretário do Papa João Paulo II para
as Relações com os Estados, arcebispo Tauran.
Consciente que as relações entre Portugal e Santa Sé nem sempre são hoje as mais claras, dado o anacronismo da Concordatae e, por vezes, a sua inobservância, o ministro Martins da Cruz confia que "a nova Concordata contribuirá para estreitar as relações entre Portugal e a Santa Sé".

Como espera – disse-o – que a nova Concordata contribuirá para "reforçar a importante acção da Igreja Católica em Portugal, não apenas no plano espiritual – já de si decisivo para os que somos crentes – mas também na perspectiva do ensino, da assistência social, da cultura, nos múltiplos domínios em que nos habituámos a ver uma Igreja activa e empenhada em contribuir para a solução dos problemas nacionais".

Fonte JN

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