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João Paulo II - uma figura ímpar
2002-10-16 22:14:16

"Para além dos valores religiosos, João Paulo II falou também dos direitos humanos. Fez mesmo algumas criticas a regimes ditatoriais" - disse à Agência ECCLESIA Carlos Moreira Azevedo, Vice-Reitor da Universidade Católica Portuguesa, a propósito do início das Bodas de Prata do Pontificado de João Paulo II.

Um Pontificado marcado por muitos acontecimentos que mudaram o rumo da história: "ele teve um papel fulcral no desmoronamento do bloco de leste e a integração daquela região na democracia ocidental". Para o Vice-Reitor da UCP, "João Paulo II foi um renovador na geografia política do mundo".
"Um marco de ouro na história da Igreja e do mundo" definiu Paulo Teixeira Pinto, jurista, os 24 anos de Pontificado de João Paulo II. A importância do seu Pontificado ganhou um alcance maior "devido à sua vivência na sociedade polaca". Como viveu as situações da Europa de Leste, "o seu Pontificado deu-lhe uma dimensão mais ampla" - referiu à Agência ECCLESIA o teólogo, José Eduardo Borges de Pinho.
"Um Pontificado itinerante" diz Carlos Azevedo e adianta: "a sua presença em vários países do mundo foi fundamental na aproximação das pessoas á Igreja". Opinião que Borges de Pinho corrobora e reforça: "As suas visitas apostólicas aos quatro cantos do mundo deram-lhe uma dimensão mais acentuada do seu múnus pastoral". Experiências que não podem estar desligadas das "situações desumanizantes que este homem viveu e que foram fundamentais para o futuro". No século XX "não houve ninguém que alterou tanto a história como João Paulo II por isso considero-o uma figura ímpar na história do século passado" - afirmou Paulo Teixeira Pinto.
Para a Igreja "foi providencial ter um Papa do Leste" - refere Borges de Pinho. Da sua terra natal para o Vaticano "para ser tornar um Apóstolo do Ecumenismo" - salienta Carlos Azevedo. Apesar de criticar alguns teólogos conseguiu uma "aproximação entre o Ocidente e o Oriente" - disse. Uma avaliação do quinto Pontificado mais longo da história da Igreja que "trouxe frescura à mensagem evangélica", não fosse João Paulo II "um homem do Concílio Vaticano II" - adiantou Borges de Pinho.
Elogios ao múnus apostólico de João Paulo II, apesar da sua debilidade física. Sobre a possível resignação, os três intervenientes referem que "essa decisão compete a João Paulo II. Só ele pode e deve colocar essa questão" . Paulo Teixeira Pinto afirma mesmo "Cristo também não desceu da cruz, sofreu até ao fim".

Fonte Ecclesia

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