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João Paulo II Já Fez 465 Santos
2002-10-06 10:17:52

O Papa João Paulo II, que completa este mês o 24º ano do seu pontificado, já proclamou 465 santos - muito mais do que qualquer um dos seus antecessores em vinte séculos de cristianismo.

Um total de 465 santos (já contando com a cerimónia de hoje, que proclamará o novo São Josemaría Escrivá), em mais de três mil (e não 759, como ontem erradamente se escrevia) foram "feitos" desde Outubro de 1978, quando o cardeal Karol Wojtyla foi eleito como Papa João Paulo II. Desde então, também já foram beatificadas 1288 pessoas.

Antes do século XVI, os santos eram proclamados como tal pela voz do povo. Na década de 60, o então Papa Paulo VI mandou rever a lista hagiográfica, suprimindo uma dúzia de nomes - alguns que nem sequer tinham existência histórica comprovada, como santa Filomena. Outros foram retirados do calendário universal e remetidos para o culto local. Foi o caso de São Jorge, patrono de Inglaterra e da Catalunha, cujas histórias de lutas contra o dragão são também mais do domínio da lenda. São Januário também esteve em dúvida, mas o receio da fúria das gente de Nápoles, onde o nome é popularíssimo, levou o Vaticano a deixar as coisas como estavam.

A revolução na fábrica dos santos - a Congregação para a Causa dos Santos (CCS) - foi operada já por João Paulo II que, em 1983, decidiu por uma simplificação dos processos burocráticos em ordem à proclamação de santidade. Responsabilidade dos bispos locais e redução a dois o número de milagres exigidos para a canonização (com dispensa dos mesmos no caso dos mártires) acelerou os processos, que até aí necessitavam de dezenas de anos, às vezes de séculos. Actualmente, cerca de 2000 processos de beatificação e canonização estão em curso.

A reforma prevê um inquérito na diocese de nascimento, a instrução na CCS romana para averiguação das virtudes, a beatificação e, depois, a canonização. No caso de papas ou pessoas que tenham publicado textos, todos os escritos são passados a pente fino por comissões de teólogos. Os milagres são sujeitos ao crivo de uma comissão de médicos - incluindo alguns não crentes -, antes de serem aprovados pelos bispos e cardeais da CCS e ratificados pelo Papa.

As mulheres e os leigos são os que estão em menor número na lista de santos. Há 40 anos, na época do Papa João XXIII, um inquérito sobre a origem sócio-profissional dos santos dava conta que, em 2501 nomes, havia 15 papas, 264 bispos, 1044 padres e 575 freiras - ou seja, 1898 eclesiásticos. Leigos católicos eram 603 e, desses, apenas 68 eram mulheres e só quatro eram casados. Há pouco tempo, o Papa João Paulo II beatificou o primeiro casal.

Fonte Público

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