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PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE O PAPA
2004-11-15 11:50:02

Curiosidades

1. Quem é o papa?
O Papa é o Sucessor de São Pedro na chefia visível da Igreja Universal; ele é o Vigário de Jesus Cristo.

2. E quem foi São Pedro?
Foi aquele, dentre os apóstolos, a quem Jesus escolheu para Chefe da sua Igreja; “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E dar-te-ei as chaves do reino dos céus. Tudo o que ligardes na terra, será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado também nos céus” (Mt 16,17-19). Esta promessa foi cumprida após a ressurreição do Senhor: “Apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,15-17). Pedro exerceu, na prática, a suprema autoridade.

3. O que significa o "primado" de Pedro?
Significa que Jesus, “para que o episcopado fosse um só e indiviso, colocou à frente dos Apóstolos (de quem os Bispos são os sucessores) o bem-aventurado Pedro e, nele, o princípio e fundamento, perpétuo e visível, da unidade de fé e comunhão... Essa doutrina da instituição, perpetuidade, força e razão de ser, do primado do Romano Pontífice e de seu magistério infalível, o Concílio (Vat. II) o propõe novamente como firme matéria de fé a todos os fiéis” (LG 18; vd. Pae.).

4. Qual o âmbito desse "primado"?
“O poder primacial do Romano pontífice se exerce tanto sobre os pastores (Bispos), quanto sobre os fiéis..., porque, em virtude de seu cargo de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja, ele tem um poder pleno, supremo, e universal” (LG 25). “Na Igreja de Cristo, o Romano Pontífice, como sucessor de Pedro a quem Cristo confiou o pastoreio de seus cordeiros e ovelhas goza, por instituição divina, de um poder supremo, pleno, imediato e universal para o bem das almas” (CD 2). O Bispo é o princípio da unidade na sua diocese, mas, em união com o Romano Pontífice. O Colégio dos Bispos não tem autoridade, a não ser em comunhão com o Papa, sucessor de Pedro. O primado do Sumo Pontífice está sobre todos, tanto pastores quanto fiéis. A jurisdição do Colégio Apostólico é exercida “com Pedro e sob Pedro” (Com. Vat., LG).

5. E a missão específica do Romano Pontífice?
Como Vigário de Jesus Cristo, o Papa é o continuador da missão salvífica do Redentor, mediante o Magistério, o Sacerdócio e o Governo (em carácter pleno, supremo e universal) da Igreja, instituída divinamente e chamada também de Corpo Místico de Cristo, Reino de Deus, Povo de Deus.

6. Qual a prerrogativa principal do Papa?
Uma das prerrogativas principais do Papa diz respeito ao Magistério: missão de ensinar em matéria de fé e de costumes.

7. O Papa é infalível?
Sim. A doutrina da infalibilidade papal não é nova, mas, só foi definida como verdade de fé no I Concílio do Vaticano. É preciso entender bem em que termos.

8. Quando é que o Papa é infalível?
O Papa é infalível quando fala “ex cathedra”, isto é:
1º) quando, na qualidade de Pastor Supremo e Doutor de todos os fiéis, se dirige a toda a Igreja;
2º) quando o objecto de seu ensinamento é a fé ou os costumes;
3º) quando manifesta a vontade de dar decisão dogmática e não simples advertência ou instrução de ordem geral.
A razão da infalibilidade pontifica reside na assistência particular do Espírito Santo, que preserva todo o erro (Mt 28,30; Lc 24,49; Jo 14,26; At 5,32; e particularmente: Mt 16,18; Lc 22,31ss., Jo 8,44; Jo 21,15-17). As decisões do Sumo Pontífice são irreformáveis “em si mesmas”, quer dizer, não precisam da adesão alheia (nem do Concílio nem do Colégio Episcopal) para que o sejam. Ao Magistério infalível do Papa deve-se dar o assentimento da fé; mas, mesmo quando ele não fala “ex cathedra”, deve-se-lhe o obséquio “religioso” da vontade e da mente.

9. De que modo o Papa exerce o Magistério?
Ele o exerce ordinária ou extraordinariamente. O Magistério ordinário é chamado também de comum: o extraordinário de solene. Este (solene) goza do carisma da infalibilidade e a ele se deve prestar o assentimento de fé, “porque, no caso, o Sumo Pontífice expõe ou defende a doutrina da fé católica não como pessoa privada, mas, na qualidade de Mestre supremo da Igreja universal em quem reside singularmente o carisma da infalibilidade da própria Igreja” . Ao Magistério comum, ou ordinário (que nem por isso deixa de ser Magistério “autêntico”) deve-se prestar um obséquio “religioso” interior e sincero.

10. Quando o Magistério do Papa é comum, e quando é solene?
O Magistério solene (extraordinário) é sempre uma definição dogmática ou a afirmação expressa de uma verdade em matéria de fé ou de costume. O comum (ordinário) apresenta formas, ora mais simples (sermões, discursos, alocuções...), ora mais importantes (Encíclica, Constituição Apostólica, Motu próprio...).

11. Porque devemos aderir ao Magistério do Papa?
O católico sabe que Cristo instituiu o Sumo Pontífice e o corpo episcopal unido ao Papa, mestre, guardas e intérpretes da fé e prometeu-lhes particular assistência do Espírito Santo, para que não caíssem em erro quando propusessem à fé dos fiéis as verdades contidas na Revelação. Noutras palavras, o magistério não é um “facto natural”, imposto pela necessidade de haver na Igreja uma autoridade doutrinária que promova a ordem e a unidade, mas é um “fato sobrenatural”, e, pois, um dogma de fé, livremente estabelecido por Cristo, que confiou a Pedro, como Chefe do Colégio Apostólico (Lc 22,32), o mandado de “confirmar” na fé os “irmãos” (isto é, os Apóstolos e neles e com eles, todos os fiéis), e enviou aos apóstolos (e seus sucessores, os Bispos) a pregar o Evangelho a todos os povos, condicionando a salvação eterna dos homens à fé que prestassem a eles (Apóstolos e sucessores): “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for baptizado será salvo, quem não crer será condenado” (Mt 16,15-16).

12. Porque teria Cristo instituído o Papado?
Para que o Sumo Pontífice fosse a garantia da unidade e da pureza da fé (Lc 22,31-32) e, assim, a Igreja fosse também “coluna e sustentáculo da verdade” (1Tim 3,15). O Papa é, pois, o denominador comum, o fiador da unidade da fé (Jo 17,21).

13. Qual a outra prerrogativa do Papa?
É a de encarnar o poder especial de Governo, contido expressamente nos textos já citado (Mt 16 e Jo 21). Pedro é, não somente o Mestre, mas também o Pastor supremo, o guia, o chefe, a cabeça visível da Igreja. O Papa, na Igreja, é a personificação da autoridade. Jesus, na sua divina sabedoria, quis dotar o povo de Deus, deste princípio de segurança e de governo que o Apóstolo Paulo explica muito bem, dizendo: “assim já não seremos crianças atiradas de um lado para outro e como joguete de todo vento de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores” (Ef 4,14).

14. A autoridade do Papa tem sido benéfica?
Será difícil, senão impossível, contestá-lo. O testemunho da história a este respeito é por demais eloquente, apesar das sombras. Ainda mais: os benefícios desta autoridade extravasam da Igreja em favor de toda a humanidade. Os Papas foram os mais altos promotores e defensores da ordem espiritual, moral e social.

15. Que mais é o Papa, além de Doutor e Pastor?
Ele é também o Sacerdote supremo da Igreja, o Sumo Pontífice. Todo o sacerdócio, todo o poder de santificar na Igreja, promana do Santo Padre.

16. Que nos diz dos Papas a história?
Desde logo, ela nos mostra a perenidade do Papado, mesmo como instituição humana. Apresenta o mais esplendoroso quadro de serviços prestados à humanidade - à cultura e à civilização, à defesa de todos os direitos, principalmente dos fracos. Compreende-se que tenha provocado a admiração até dos seus inimigos e dos inimigos da Religião.

17. E como instituição divina?
O fenómeno da solidez do Pontificado Romano, através de vinte séculos ininterruptos, é prova evidente da divindade de Jesus Cristo, que, ao receber de Pedro a confissão de sua filiação de Deus alicerçou sobre ele (Pedro), como rocha indestrutível, sua Igreja una, universal e perpétua.

18. Este longo transcurso foi sempre bonançoso?
Não. Se é verdade que o Papado está coberto de glória na sua longa trajectória, também é verdade que sofreu os mais tempestuosos contrastes. Os Papas foram combatidos, mas, resistiram sempre. Os dos três primeiros séculos foram, quase todos, Mártires. No decorrer da era cristã, foram expulsos de Roma quarenta vezes, e quarenta vezes retornaram, mais prestigiados que antes...

19. Fala-se de Papas indignos !?
Ninguém pode negar que o Papado foi exercido por algumas pessoas indignas, e até ímpias, ambiciosas, impúdicas... E daí? Concluímos apenas que nem mesmo os Papas menos dignos puderam aviltar a dignidade da investidura, sinal da protecção com que Deus a mantém e ampara. A Cátedra de Pedro não se alicerça nos homens ou em seus méritos pessoais, mas, naquela “pedra” contra a qual não só as “portas do inferno não prevalecerão” (Mt 16,17), mas nem mesmo os pontífices unidos ao inferno (para usar uma expressão de S. Roberto Bellarmino). Não se deve considerar somente a excepção constituída pelos maus, lembremos antes, a imensa constelação dos Papas, que foram grandes Pontífices, entre eles (263 até hoje), oitenta e seis Santos, de São Pedro a São Pio X, diríamos, a Paulo VI e a João Paulo II.

20. Que outras considerações nos poderá oferecer, em resumo, a história do Romano Pontificado?
Resumidamente: o Papado é o trono de Deus no meio dos homens, o Vaticano é a casa paterna de todos os fiéis e de todos os homens de boa vontade. A vitalidade do Sumo Pontificado é uma glória da Igreja e do mundo. Possui perene juventude e incessantes benemerências, mecenas que sempre foi das ciências e das artes e defensor da dignidade da pessoa humana. Da paz entre as nações é o incansável campeão, cuja supremacia jamais deixou de ser reconhecida, cuja independência interessa a todo o mundo, não sendo nacional nem internacional, mas supranacional.

21. Muitas objecções surgiram contra Papas e contra o próprio Sumo Pontificado...
Não resta dúvida, e, de resto, foram tantas, que não caberiam, num alentado volume, muito menos nessas pequeninas páginas... Apenas observamos que não deixa de suscitar suspeição a insistência com que, ainda hoje se repetem velhas objecções sem originalidade e já tantas vezes respondidas por grandes teólogos e doutores de todos os tempos.

22. O Papa é um soberano estrangeiro?
Nosso povo brasileiro, muito acertadamente, nunca pensa nem nunca pensou assim. De fato, a Igreja não é um Estado, porque sua missão é diversa da de um Estado. Existindo, porém, entre os homens e a serviço dos homens, ela precisa usar de meios humanos que, como o Direito, têm certa analogia com os meios usados pelos Estados. Mas, a inspiração do Direito, na Igreja, é diferente, pois, seu fundamento é teológico. Assim, a despeito da soberania de que goza (para poder exercer a missão espiritual recebida de Cristo), o Papa não é propriamente um Chefe de Estado, mas o Pai Comum, em cuja acção evangelizadora jamais poderá ser considerada “intromissão” em negócios internos de qualquer nação, menos ainda das tradicionalmente cristãs e católicas.

23. Que significa "Papa" ou "Vigário de Jesus Cristo"?
A primeira é uma expressão consagrada e formada pela primeira sílaba de cada uma das palavras “Pastor Pastorum” (Pastor dos Pastores). A palavra “Vigário” procede do latim: “Vices gerens”: aquele que faz as vezes. Vigário de Cristo é, pois Aquele que faz as vezes de Jesus Cristo. Daí a bela expressão de Santa Catarina de Sena: “o doce Cristo na terra”.

24. E as riquezas da Igreja, do Vaticano, do Papa?
Quanto sofisma na crítica, soez e tendenciosa, tantas vezes respondida, mas sempre insidiosamente renovada! Que desejariam os objectantes? Uma Igreja parada no século I? Com doze apóstolos e alguns discípulos? Sempre escondida nas catacumbas, por perseguição? Acontece, porém, que ela, dócil às ordens do Divino Fundador, e guiada pelo Espírito Santo, progrediu, dilatou-se, cresceu, exigindo meios e recursos de organização, afim de poder cumprir a missão recebida. Hoje, ela continua encarregada de levar o Evangelho a todas as nações, a todos os povos. Hoje (em 1991), são 650 milhões de católicos espalhados por todos os continentes, com cerca de 2.350 dioceses, 5.000 bispos e 470.000 sacerdotes, além de religiosos, religiosas e leigos militantes. Para manter a sua responsabilidade, ela precisa de toda uma engrenagem de organização, a qual exige recursos. A igreja é rica? Espiritualmente, sim; e quer sê-lo cada vez mais! Na verdade, é caluniada; é foi e será alvo de um combate que não conhece tréguas, porque, em vinte séculos, civilizou e acumulou inestimável património moral que, na verdade, não pertence a ela só, mas a toda a humanidade: bibliotecas, museus, monumentos, Igrejas, incontáveis obras de educação e assistência social, juntamente com incomensurável galeria de homens ilustres, pelo saber, a virtude, a santidade e, digamos, pela pobreza, pelo amor aos pobres e aos necessitados. Hoje, o jogo das palavras “pobreza” e “riqueza” está a traduzir muita hipocrisia, por parte de quem finge não entender o sentido da pobreza evangélica, e deturpa o sentido da mensagem de Jesus Cristo.

O Papa é rico?
Não! De que se poderá julgar dono? Veja-se o retrato de S. Pio X, que encarna o protótipo do Papa de nossos tempos, no epitáfio de seu túmulo: “Nasci pobre, vivi pobre, quero morrer pobre”. João Paulo II é um homem exclusivamente consagrado a Deus e aos homens, a trabalhar sem folga nem repouso por amor de todos. Nem o tempo lhe está pertencendo, porque dá tudo de si pelos outros. Vai dar-se também a nós no Brasil, sem pensar na saúde, no cansaço, no tempo... É um enviado de Deus: “bendito aquele que vem em nome do Senhor”!

25. Títulos Oficiais do Papa

Estes são os títulos oficiais pelos quais o Papa é reconhecido e chamado:
· Bispo de Roma
· Primaz da Itália
· Patriarca do Ocidente
· Vigário de Jesus Cristo
· Servo dos Servos de Deus
· Sumo-Pontífice da Igreja Universal
· Sucessor do Príncipe dos Apóstolos
· Soberano do Estado da Cidade do Vaticano
· Arcebispo e Metropolita da Província Romana


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