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Migrações - Mensagens de João Paulo II
2002-09-13 22:19:12

Um alerta ao mundo, assim se pode chamar à publicação promovida pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre e pela Comissão Episcopal das Migrações e Turismo.

MIGRAÇÕES é uma recolha de mensagens de João Paulo II. Eliminar as causas da emigração, defender a família e apontar as responsabilidades da Igreja, dos leigos e dos governos. Alertas deixados por João Paulo II e que foram sublinhados por D. Januário Torgal.

Em conferência de Imprensa o Presidente da Comissão Episcopal das Migrações e Turismo, fez a apresentação do livro e também das Jornadas de Reflexão sobre o mesmo tema a decorrer no próximo mês de Outubro. “A Comissão Episcopal das Migrações, agradece e louva a Ajuda à Igreja que Sofre pela ajuda à Igreja padecente de cada imigrante através desta iniciativa”, disse D. Januário sublinhando o carácter de abertura e fraternidade que rodeia estas iniciativas, “os Imigrantes nestes dias serão os verdadeiros protagonistas. Ao menos aqui, ninguém os ameaçou ou lhes fechou as portas”.

Este fechar das portas aos imigrantes é para D. Januário um motivo de indignação. Um tema também abordado por João Paulo II, no livro Migrações, “afirmando que toda a tentativa de atrasar a integração sufoca o pluralismo das vozes”. Daí a importância de incentivar os processos de legalização, uma ideia também defendida por D. Januário autor do prefácio deste livro e que acredita ser a ilegalidade “um acrescento à desventura de quem busca a cidadania. A ilegalidade é um subterrâneo desejado para a exploração económico-social”.

Para D. Januário Torgal, o fenómeno da imigração é mais do que uma consequência politico-social, ela é “índice da falência de modelos de desenvolvimento, da derrota da luta contra a pobreza, do jogo equívoco da solidariedade, da recusa de direitos”. E quanto aos responsáveis não poupa críticas e alertas sérios ao governo português e à União Europeia, “a exploração por parte da União Europeia é tão forte que, de forma provocante, não tenho receio de afirmar que, em nenhum país, a escravatura de novas formas de prostituição, por via dos fluxos migratórios, cessará”.

Actualmente a questão da imigração vira-se sobretudo para os países do Leste da Europa. Uma imigração em tudo diferente da que Portugal estava habituado a receber, vinda do continente africano. Para D. Januário é preciso que a sociedade portuguesa as razões que levam estas pessoas a sair do seu país, sem esquecer o enriquecimento cultural e profissional que isso poderá significado para o desenvolvimento do país.

MIGRAÇÕES é um exame de consciência, a elevar as expectativas para as jornadas de reflexão. Com o tema Todo o Imigrante é meu irmão, decorrem em Lisboa, nos dias 25 a 27 de Outubro, no Colégio S. João de Brito.

Fonte Ecclesia

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