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XX Semana Nacional da Pastoral Social - Síntese Final
2002-09-13 22:17:42

A XX Semana Nacional da Pastoral Social realizada no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima de 8 a l2 de Setembro de 2002, teve por tema: Acção Social na Comunidade Paroquial - Actualização e Rejuvenescimento. No desenvolvimento do lema partiu especificamente da "acção social da Igreja, enquanto conjunto de actividades realizadas no âmbito da justiça e da caridade por imperativo da própria natureza da Igreja", como refere A Instrução Pastoral da CEP sobre a Acção Social da Igreja -1997.

Promovida pela Comissão Episcopal da Acção Social e Caritativa, este evento reuniu mais de 400 participantes, provenientes das diversas dioceses do país. A semana versou as seguintes temáticas:

EM SESSÕES PLENÁRIAS:

- Destino universal dos bens e o desafio da partilha
- A paróquia porta aberta a todos sobretudo aos mais pobres
- De mãos dadas Com todos os homens e todos os grupos (parcerias e redes locais)
- Paróquia, o que fizeste da caridade pastoral?

EM PAINÉIS:

- Visibilidade da Igreja através da intervenção social .
- Paróquia e imigração.
- Cooperação com grupos e povos mais desfavorecidos.
- Pastoral social e pastoral da saúde.
- Grupos de Acção social: organização e funcionamento.
- Abertura a "novos" problemas.
- Cooperação e redes alargadas.
- Atribuição de responsabilidades.
- Programação, orçamentação e acompanhamento da execução.
- Avaliação.

Tornar mais transparente a necessidade da acção social da Igreja na sociedade do 3.º milénio, procurar responder aos desafios pela inovação e criatividade nesta área, motivando as paróquias e comunidades cristãs, bem como a formação permanente dos agentes, foram aspectos que nortearam o decurso dos trabalhos.

Das comunicações, reflexões e debates produzidos, resultaram as seguintes conclusões:

1. A globalização, essencialmente vincada nos aspectos da economia, finanças e da informação, tem provocado o aumento das desigualdades. Há que procurar alterar esses contextos, de forma a considerarem-se "os bens da terra como dom do criador destinados a todos os homens" como diz a Gaudium et Spes.
Perante este quadro de desigualdades entre as nações e dentro de cada país é forte a tentação da violência.

2. Segundo a doutrina social da Igreja o destino universal dos bens da terra tem prioridade e precedência sobre a propriedade privada e a economia de mercado, no respeito pela dignidade humana.

3. A nossa cultura marcada por princípios cristãos "limou" o evangelho, tirando-lhe as arestas. Impõe-se assim uma mudança das mentalidades e comportamentos dos cristãos em relação a pessoas e grupos socialmente desfavorecidos, que promovam a cooperação no respeito pelas diferentes culturas.

4. A paróquia é por definição, comunidade de comunidades. Faz parte da sua missão conhecer a realidade social e cultural do seu território. Quer da sua população quer das suas instituições e empresas. Acolher toda a sua população residente e imigrante é atitude incontornável. A paróquia é casa e escola de comunhão, devendo responder aos desafios que se colocam neste 3.º milénio, pela inovação e criatividade na área social.

5. A acção social da Igreja deve promover a autonomia, diversificar os apoios a conceder, sem esquecer a dimensão espiritual da pessoa a que se dirige.

6. Da importância da partilha e solidariedade entre os indivíduos sobressai o papel das redes informais (familiares, vizinhos, amigos e voluntários organizados) como contributo ao desenvolvimento pessoal e ao apoio na resolução de problemas.

7. As comunidades paroquiais destacam-se como comunidades promotoras de redes informais assumindo responsabilidades, ao nível da organização, articulação em parcerias, cooperação, avaliação e divulgação de resultados, nomeadamente em vários programas (luta contra a pobreza, apoio integrado a idosos e a crianças em risco).

8. Olhando para o que se passa actualmente no mundo, pergunta-se: de que é que os cristãos estão à espera para levar a sério, e em todas as implicações, as exigências morais do destino universal dos bens da terra?

Só de mãos dadas com todos os homens e todos os grupos é que poderemos ser testemunhas autênticas do Amor de Deus pela Humanidade.

Fonte Ecclesia

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