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Prática dominical em causa devido à redução de padres
2002-09-10 18:43:51

O número de padres em Portugal vai reduzir-se para metade num prazo de 10 anos, comprometendo a prática dominical, afirmou, ontem, em Viseu, o director do Centro de Estudos Sociais e Pastorais da Universidade Católica Portuguesa, Marinho Antunes.

Ao intervir no V Curso de Verão da Universidade Católica, dedicado ao tema "A prática religiosa dos portugueses", que ontem começou em Viseu, Marinho Antunes frisou que a média etária dos padres se situa actualmente entre os 63 e os 65 anos.

Efeitos já visíveis
Os dados do recenseamento da prática dominical realizado no ano passado revelaram que houve uma quebra acentuada na participação dos portugueses nas celebrações religiosas, o que, em sua opinião, de futuro poderá agravar-se ainda mais.
"Para haver celebração da Eucaristia tem de haver presbíteros. Em 10 anos teremos metade dos presbíteros em actividade pastoral activa. Então, como vamos celebrar os domingos?", questionou o sociólogo, responsável pelo recenseamento da prática dominical. >
Marinho Antunes referiu que a diminuição do número de sacerdotes já começa a ter efeitos visíveis em algumas dioceses, nomeadamente nas de Coimbra e do Algarve, onde se realizam cerimónias religiosas sem a presença do padre, não podendo, no entanto, haver ce
lebração da Eucaristia.
Em 1991, 2243693 portugueses, cerca de 26% do total, frequentavam a celebração de domingo, segundo este sociólogo. Em 2001, foram à missa 1933677, prevendo o sociólogo que o número de praticantes tenha baixado para cerca de 20% da população portuguesa.

Os jovens com idades entre os 15 e os 24 anos são aqueles que menos vão à missa, enquanto a classe etária que reúne mais praticantes é a dos 55 aos 59 anos.
Para o bispo de Viseu, D. António Monteiro, entre os motivos que contribuem para que "as igrejas estejam mais ou menos cheias" está a presença, ou não, de crianças.
O prelado afirmou também que "há que celebrar o Senhor não apenas com orações já gastas", mas usar os muitos símbolos da liturgia, porque "o que é sempre igual perde força" e a missa pode estar a ser abandonada por ser "uma monotonia".

Fonte JN

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