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Acção Social nas paróquias
2002-09-08 12:51:47

O bispo de Bissau, D. José Câmnate Na Bissign, e o bispo de Bafatá, D. Pedro Carlos Zilli, segundo a Lusa, alertam, em carta, para a urgência de travar a "pobreza que avança de forma assustadora" e sublinham que "há fome" na Guiné-Bissau.

Os dois bispos guineneses não têm dúvidas que os políticos são os responsáveis pela "miséria" que graça no país.
"A actual crise - dizem - surge num momento em que a situação do país é particularmente difícil e complicada, com aspectos inquietantes que exigem medidas rápidas, com relevância para a crise política, porque a Guiné-Bissau pode ser conduzida para situações
que a todo o custo se têm que evitar".
É a primeira vez, desde a morte de D. Septimio Ferrazetta, o primeiro bispo da Guiné-Bissau e que teve um papel activo durante o conflito de 7 de Junho de 1998/99, que a Igreja Católica sai a público de forma tão veemente.

Desilusão
Os bispos de Bissau e de Bafatá afirmam que "a pobreza progride assustadoramente, há fome, há doentes sem tratamento, há mortes que se poderiam evitar, há fugas das zonas rurais para os centros urbanos, desemprego, greves, deficiências graves no ensino, na s
aúde e na administração pública».
Mais: "Há crimes, roubos, homicídios numa progressão preocupante (...). Instalou-se entre nós a desilusão, o desalento, em pouco ou nada se acredita. Retiramos a esperança do nosso horizonte».
D. José Câmnate e D. Pedro Zilli põem o dedo na ferida: "Se formos suficientemente honestos e objectivos, facilmente nos convenceremos que a actual situação se deve, em primeiro lugar, à não promulgação da Constituição da República, revista e aprovada no Par
lamento", pelo presidente Kumba Ialá.
A crise, segundo os bispos, deve-se também ao não cumprimento do "estatuído na Constituição, à deficiente governação, às mudanças frequentes de Governo, de ministros e de responsáveis nas instâncias judiciais". E, ainda, à "crise política continuada, ao conf
lito público de altas personalidades; às divisões e lutas no interior de alguns partidos; ao desrespeito pelos direitos humanos; à corrupção generalizada; e ao clima de intriga, de suspeição, de vingança e de intolerência que se vai instalando na sociedade guineense".

Estado de Direito
Culpando especialmente os políticos, os bispos guineenses recomendam-lhes que "dêem provas que estão na política ao serviço do povo e do seu bem-estar", e que reconheçam os "erros cometidos, com humildade e um grande sentido patriótico".
Para superar a crise, D. José Câmnate e D. Pedro Zilli defendem "a instauração de um verdadeiro Estado de Direito, em que a Presidência da República, os poderes legislativo, executivo e judicial funcionem na independência constitucional".
Sugerem, também, "uma boa governação, próxima dopovo e dos seus reais problemas, com projecto de desenvolvimento, com gestão rigorosa e com a garantia de funcionamento das instituições do Estado".
Desejam "a eliminação da corrupção generalizada, que alastra como a peste e que toma a expressão mais significativa nos desvios avultados e impunemente perpetrados para proveito próprio em prejuízo do desenvolvimento do país".
Por fim, apelam à "salvaguarda da paz e à construção da Nação, integrando nela as riquezas culturais e humanas de todas as etnias».
De domingo a terça-feira passada, representantes das comunidades cristãs e de outras grandes religiões debateram, em Palermo, capital da Sicília, os desafios que se apresentam à convivência, depois dos atentados de 11 de Setembro, nos EUA.
Foi a 16ª edição do encontro "Homens e religiões", organizada pela Comunidade de Santo Egídio. Entre os 450 representantes, encontrava-se uma delegação do Patriarcado Ortodoxo da Rússia, além de judeus e muçulmanos.
"Religiões e culturas entre o conflito e o diálogo" foi o tema principal, para, mais uma vez, os participantes darem seguimento ao voto formulado por João Paulo II após a Jornada de Assis, em 1986: «Continuemos a difundir a mensagem da paz e a viver o es
pírito de Assis».
Isso tem sido possível graças aos esforços da Comunidade de Santo Egídio e de tantos líderes das grandes religiões. É a prova da convicção, cada vez mais firme, de que a paz é possível, desde que também os crentes, qualquer que seja a sua mundividência,
se encontrem, para conhecimento mutuamente vantajoso, e se disponham, de boa vontade, ao diálogo.
A civilização da convivência exige o diálogo, a aceitação e a abertura ao outro, por muito diferente que seja.
Aqueles encontros já se realizaram em diversas cidades europeias, incluindo Lisboa, e chegaram à cidade santa de Jerusalém.
Cresce assim, a par com o movimento ecuménico, para a unidade cristã, a aproximação inter-religiosa, indispensável para a paz.
A Fundação Calouste Gulbenkian vai promover, nos dias 15 e 16 de Outubro próximo, em Lisboa (Auditório 2), a terceira Conferência Internacional sobre Globalização, agora dedicada ao tema "Ciência, Cultura e Religiões". Estão previstas intervenções de D. José
Policarpo, Mário Pinto e Eduardo Lourenço, além de peritos vindos do estrangeiro, com relevo para o escritor Mário Vargas Llosa. Jorge Sampaio estará na abertura da Conferência.
"Começar de novo, passo a passo com refugiados e deslocados", texto de Rosário Farmhouse e fotos de Bruno Rascão, dá bem conta dos dramas de quantos chegam ao nosso país sem eira nem beira.
"Partir de Cristo" é um documento da Santa Sé sobre o renovado compromisso dos consagrados. Ler, também em edição das Paulinas, os textos da 18ª Semana de Estudos sobre a Vida Consagrada.
Da excelente colecção "Cântico final", da Ambar, três títulos a não perder: "O violino de Auswitz", de M. Àngels Angada; "A longa viagem", de Jorge Semprun; e "Deus nasceu no exílio", de Vintila Horia.
"Acção Social na Comunidade Paroquial - Actualizaçao e Rejuvenescimento" será o tema da 20ª Semana Nacional de Pastoral Social, a realizar, em Fátima, de hoje a quinta-feira próxima. As comunidades paroquiais são desafiadas à partilha fraterna de bens, na co
nvicção de que todos precisam de todos e os mais pobres devem ter prioridade na justiça e na caridade.
"Como se faz um jornal católico? Ou o que faz católico um jornal?" será o tema das Jornadas da Comunicação Social, a realizar, em Fátima, nos próximos dias 26 e 27, numa iniciativa do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja.
O arcebispo de Serajevo, cardeal Vinko Puljic, recebeu o Prémio Internacional do Perdão, que, no ano passado, fora atribuído a João Paulo II. O cardeal mereceu essa homenagem graças ao seu papel a favor da reconciliação e da paz na Bósnia-Herzegovina.

Fonte JN

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