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Afinal, Deus não morreu!
2002-09-01 10:26:03 Para José Antonio Marina, filósofo espanhol da Religião, a anunciada "morte de Deus", tão proclamada em meados do século XX, não se confirmou.
Bem pelo contrário, como disse há dias, em Santander, num curso da Universidade Internacional Menéndez Pelayo, há, na actualidade, o "ressurgimento das religiões", ainda que de "uma maneira confusa".
É, talvez, um fenómeno que "alimenta mais a credulidade do que a lucidez". Por isso, "misturam-se todos os tipos de espiritualismos, esoterismos, meditações orientais, psicoterapias e dietas de emagrecimento".
Como quer que seja, a religião "não só não desapareceu como tem cada vez mais presença na actualidade".
No que se refere à relação entre Religião e Ciência, o filósofo espanhol confirma que não se cumpriram os augúrios que garantiam que o conhecimento científico retiraria da cabeça e do coração das pessoas a religião, antes se criaram "duas cidadelas que se ob
servam mutuamente com desdém".
Os burocratas do pensamento único, que se convertem facilmente em dominadores, gostam de reconhecer, precipitadamente, como universal a sua particular maneira de ser e de ver o Mundo. Não admira que muitos tivessem decretado a "morte de Deus" e dessem isso como absolutamente adquirido.
Esquecem-se que, como diz sabiamente povo português, "Deus escreve direito por linhas tortas". Se quiserem, a hipótese de Deus não contraria a inteligência.
Fonte JN
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