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Quase 40 por cento dos casamentos são civis
2002-09-01 09:59:17

A celebração de casamentos civis alcançou no ano passado o seu valor proporcional mais elevado: 37,5 por cento dos casamentos foram cerimónias civis, "o valor mais alto para esta modalidade desde o início dos anos 30", informam os "Resultado definitivos: A nupcialidade em Portugal 2001", do Instituto Nacional de Estatística (INE).

No ano passado, realizaram-se em Portugal 58390 casamentos, menos 8,4 por cento que os 63752 de 2000. Os casamentos católicos representaram no ano passado 62,5 do total de celebrações, contra os referidos 37, 5 por cento de civis. A tendência para a diminuição dos católicos e o aumento relativo dos civis consolida-se na década de 90: com uma média de cerimónias católicas de 69,3 por cento e de civis na ordem dos 30,7 por cento. Esta evolução é confirmada pelos números de 2000 e 2001.

Recorde-se que, por exemplo, na década de 1960 o número de casamentos ascendia a uma média anual de 75 mil, 88,8 eram cerimónias católicas, "o maior valor atingido por esta forma de celebração", e apenas 11 por cento eram casamentos civis, continua o INE.

Além do aumento das cerimónias civis, são várias as mudanças à volta do matrimónio. Desde logo a sua diminuição. A taxa de nupcialidade (número de casamentos por mil habitantes) de 1992 para 2001 (datas dos recenseamentos) baixaram de 7 para 5,7 casamentos por mil habitantes, o que equivale a um decréscimo de 23,7 por cento.

Também a idade dos cônjuges, desde o início dos anos 90, vem evidenciando a importância relativa de alguns grupos etários, confirmando o facto de que os portugueses casam cada vez mais tarde, em particular os homens. Em 1992, o grupo etário dos 20 aos 24 anos representava cerca de 38 por cento dos nubentes do sexo masculino e de 44 por cento do feminino; no ano passado, esta proporção baixou, respectivamente, para 25,8 por cento e 33,5 por cento. Actualmente, o grupo dos 25 aos 29 anos passou a ser predominante, tanto nos homens como nas mulheres. Há dez anos, eram poucos os que casavam com mais de 30 anos (22,7 dos homens e apenas 15 por cento das mulheres), no ano passado estas proporções subiram para 32 por cento dos cônjuges masculinos e de 22 por cento dos femininos.

Sobre a coabitação antes da celebração do casamento, 16,4 por cento dos nubentes, em 2001, já possuíam residência comum, sendo que os valores mais altos encontram-se no Algarve (37 por cento) e os mais baixos na região norte (8,8 por cento).

Quanto ao regime de bens fixado pelo casamento, a situação mais comum observada em Portugal, no ano passado, é a comunhão de adquiridos, o regime por defeito (86 por cento), seguindo-se a comunhão geral (7,4 por cento) e, por fim, o regime de separação de bens (6,4 por cento).

Mas há coisas que não mudam: no ano passado, Julho, Agosto e Setembro continuaram a ser os meses mais populares, representando este terceiro trimestre cerca de 43 por cento dos casamentos celebrados anualmente. Em 1999 e 2000 a preferência máxima coube a Agosto, em 2001 a primazia pertenceu a Setembro. No extremo oposto, estão os meses de Janeiro, Fevereiro e Março, apenas 13 por cento dos nubentes escolhem este período para dar o nó.


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