paroquias.org
 

Notícias






Caso: arcebispo desafia Vaticano e vai ordenar mais mulheres
2002-08-12 16:27:18

O arcebispo que presidiu à ordenação das sete mulheres excomungadas pelo Vaticano, o argentino Romulo Braschi, desafia a Igreja Católica a provar que ele próprio foi expulso ou excomungado, abrindo assim uma "guerra" no seio da instiuição.

O caso é difícil de resolver: a Igreja Católica não permite a ordenação de mulheres e age penalmente contra as sacerdotizas, nada fazendo contra quem as ordenou. "É, no mínimo, estranho", afirmou Romulo Braschi.

Esta posição crítica contra a hierarquia do Vaticano começou quando o arcebispo Braschi que a sua igreja era cúmplice do Governo e da ditadura militar na Argentina, país de onde é natural e onde esteve detido e foi torturado pelo poder de então.

O prelado, actualmente com 60 anos, lembra que só muito recentemente é que a Igreja Católica "reconheceu a sua cumplicidade com a ditadura militar que se instalou na Argentina entre 1976 e 1985".

Mas Romulo Braschi está disposto a não ficar por aqui. Depois de ter ordenado, no mês de Junho, na Áustria, as sete mulheres agora expulsas da Igreja Católica Apostólica e Romana, o arcebispo já afirmou que no próximo ano vai ordenar mais seis mulheres e ainda quatro homens, o que acontecerá pela primeira vez, não se importando com o que determina o Vaticano, que impõe que só "homens baptizados" podem ser sacerdotes. Uma das futuras sacerdotizas, Lidia Binoles, de 60 anos, argentina, considera as sanções aplicadas às sete mulheres como "anacrónicas, absurdas, injustas e inadequadas".

Fonte DN

voltar

Enviar a um amigo

Imprimir notícia