paroquias.org
 

Notícias






VIII Colóquio Nacional de Paróquias
2002-07-16 21:19:47

Decorreu no Santuário de Fátima, na Casa de Nossa Senhora das Dores, de 8 a 11 de Julho de 2002, o VIII Colóquio Nacional de Paróquias, que abordou tema: DIMENSÃO SOCIAL DA FÉ NAS COMUNIDADES CRISTÃS.


Com a presença de Bispos, sacerdotes, religiosos e leigos vindos de várias dioceses do país, apoiados pela intervenção dos peritos D. Manuel Pelino, Bispo de Santarém, D. Manuel Clemente, Bispo Auxiliar de Lisboa e Doutor Mário Lages, Professos da UCP, bem como de outros convidados, como o Prof. Alfredo Bruto da Costa, da UCP, Padre José Maia, Presidente da UIPSS, puderam constatar:


1. A Igreja tem um espaço de intervenção privilegiado na área social, através de uma acção pessoal ao nível de cada um dos seus membros, e da acção institucional através de diversos meios colectivos, como os Centros Sociais Paroquiais, integrando as mais variadas valências, Grupos Caritas, Misericórdias, Conferências de S. Vicente de Paulo, Visitadores de doentes, ONG, etc...
2. Dada a complexidade da cultura actual e das novas formas de pobreza, muitas das situações de carência só poderão ser vencidas com a ajuda e a implicação de vários organismos, tais como, Juntas de Freguesia, Câmaras Municipais, Instituições de Solidariedade Social de outras confissões religiosas ou laicas. Impõe-se, por isso, nova forma de actuar, já verificada em outras situações: A parceria entre os diversos organismos, beneficiando mutuamente dos contributos diferenciados.
Esta modalidade exigirá, por isso, uma colaboração confiante, abertura e acolhimento do específico de cada grupo ou instituição, rentabilização dos recursos humanos e materiais. Esta mesma situação potencia a especificidade do contributo cristão.

3. A necessidade de lutar contra todas as estruturas de injustiça, desenvolvendo uma capacidade de são indignação e de compaixão, utilizando-se para isso os meios de comunicação social à disposição da Igreja. Para se conseguir este objectivo é possível avançar com algumas iniciativas concretas, como por exemplo: Gabinetes técnico-jurídicos, postos de enfermagem com ajuda de pessoal especializado, implementação de equipas de coordenação da acção socio-caritativa, que estejam atentes a situações de idosos isolados, doentes, crianças sem apoio, ou outras situações de carência, ajuda na formação ou requalificação profissional para encontrar primeiro emprego, etc. Isto implicará, da parte dos cristãos e das Instituições uma capacidade de intervenção política organizada, que altere as referidas estruturas de injustiça. Os cristãos, mais do que nunca, devem estar ao lado dos que sofrem e aprender a «descer» até à sua condição, para ajudar a encontrar as soluções que promovam a dignidade humana e favoreçam a autonomia pessoal.
4. Reconhecem igualmente que a dimensão social da fé, para o cristão, não é um acto isolado, mas implica todo o agir da Igreja, ou seja, a dimensão profética, cultual e caritativa como um todo orgânico. Neste sentido, importa ir criando uma consciência mais profunda e global do seguimento de Jesus, aprendendo a viver como Ele, o dom da gratuidade, dedicação, entrega, espírito de sacrifício, atenção ao outro, sensibilidade, fidelidade, responsabilidade, acolhimento, amor fraterno, descobrindo em cada homem e mulher do nosso mundo o Rosto de Cristo: «O que fizestes a um dos meus irmãos mais pequenos, a Mim o fizestes» (Mt 25,40).

Fátima, 11 de Julho de 2002


Fonte Ecclesia

voltar

Enviar a um amigo

Imprimir notícia