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JOÃO PAULO II ALERTA CONTRA A XENOFOBIA
2001-01-02 11:50:32

Na alvorada do Terceiro Milénio da Cristandade, o Papa João Paulo II aproveitou ontem a celebração da tradicional Missa de Ano Novo na Praça de São Pedro, no Vaticano, que assinalou igualmente o Dia Mundial da Paz, para transmitir a mensagem divulgada em meados de Dezembro, em que apela ao diálogo e ao respeito entre diversos povos e culturas, como única via possível para combater o racismo e a xenofobia na era das migrações e globalização.

Resplandecente nos seus paramentos dourados e brancos, João Paulo II, bem-disposto e evidenciando poucos sinais de cansaço, centrou a homilia de Ano Novo na defesa intransigente da paz, que só poderá ser alcançada através da do respeito mútuo das diferentes culturas para que seja possível construir uma nova "era de fraternidade e solidariedade". "Renovo hoje o meu apelo para promover uma autêntica cultura da solidariedade e da justiça" - afirmou o Sumo Pontífice durante a celebração, à qual assistiram dezenas de milhares de fiéis. "(A construção da solidariedade) torna-se cada vez mais necessária no contexto do complexo mundo actual, devido à migração das populações, globalização da comunicação e aos por vezes difíceis confrontos entre culturas diversas" - prosseguiu João Paulo II, que reiterou com vigor a defesa da vida: "Não se pode apelar à paz e desprezar a vida". No contexto do renovado apelo à paz, o Santo Padre não esqueceu os actuais focos de conflito mundiais, nomeadamente no Médio Oriente, exortando à compreensão e respeito mútuo entre os diferentes credos da Terra Santa. O Papa anunciou ainda que tinha encarregue o cardeal Roger Etchegaray de entregar uma mensagem às autoridades israelitas e palestinianas, exortando-as a regressar à via do diálogo. Antes da homilia centrada no repúdio de todas as formas de nacionalismo, racismo e xenofobia - "manifestações patológicas", que ensombram a coexistência humana - , o Papa, numa breve alocução na noite da Passagem do Ano, a partir da varanda dos seus aposentos sobranceira à Praça de São Pedro, onde estiveram reunidas dezenas de milhares de pessoas, exprimira o desejo de que todas as nações encontrassem paz e prosperidade no Novo Ano, e, recordando sobretudo os que sofrem e os que vivem em dificuldades, rezou para que o mundo do futuro seja mais solidário. Com o encerramento da Porta Santa, no próximo dia 6, termina o Ano Jubilar, recordado pelo Papa como "um ano singular". "Acolhemos muitos homens e mulheres que nos visitaram com o desejo autêntico de reconciliação com Deus e seus irmãos" - afirmou João Paulo II, na última missa do século XX, celebrada na Basílica de São Pedro, onde foi rezado o derradeiro Angelus, dedicado à família - "a primeira e fundamental célula da reunião social" -, que, nas palavras do Papa, tem sofrido "não poucos atentados" e deve "redescobrir os seus valores fundamentais".


Fonte CM

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