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Ao serviço da maior Diocese de Portugal
2002-06-27 23:28:38

Como órgão executivo da Comissão Episcopal de Migrações e Turismo, animada pelo Evangelho, norteia-se pela Doutrina Social da Igreja e segue as Orientações do Magistério para a Mobilidade Humana.


A então designada “Obra Católica das Emigrações” é criada em 1 de Julho de 1962, pelo Patriarcado de Lisboa e integrava a União da Caridade Portuguesa. Mais tarde, em 1978, torna-se, por indicação da Santa Sé, um organismo dependente da Comissão Episcopal de Migrações e Turismo. É uma das quatro Obras que constituem a Comissão.
Sob o ímpeto missionário do Concílio Vaticano II procura responder, em nome da Igreja, ao desafio do êxodo dos portugueses, iniciado de forma “dramática” na década de 60 e a crescente chegada de estrangeiros ao nosso país, a partir do final da década de setenta.
Hoje, a Direcção Nacional é constituída por uma modesta equipa de 3 permanentes e 2 colaboradores (1 sacerdote e quatro leigos) que procuram, com meios insuficientes, responder às várias valências dos departamentos: Secretaria e Atendimento; Sensibilização e Formação de agentes; Apoio à Evangelização; Apoio Jurídico e Social; Centro de Documentação Migratória e Arquivo. Foram seus directores nacionais, dedicando-se a esta causa de corpo e alma, dentro e fora do país, com as suas respectivas equipas, os sacerdotes: António dos Reis Rodrigues, Aurélio Granada Escudeiro, Martinho Pereira dos Santos e José Maria das Neves (estes dois já falecidos) e Manuel Bernardo Nobre Soares.

Uma missão além fronteiras
Tem a missão de estudar, coordenar e executar acções da Igreja, com e para migrantes, no âmbito da Evangelização nas áreas da: emigração permanente ou sazonal; regresso; imigração e refugiados; migrações internas e minorias culturais; e, na prevenção da xenofobia, discriminação e racismo. Informa e documenta os Bispos sobre as solicitações sociais, desafios pastorais da mobilidade humana e a respectiva evolução legislativa e política. Acompanha, cada vez com maior dificuldade desde há dez anos, as comunidades de emigrantes portugueses através do diálogo bilateral com as Igrejas de destino e envio de missionários para as Missões Católicas de Língua Portuguesa.

Em permanente diálogo com a sociedade civil
Desenvolve a acção e reflexão em conjunto com organizações da Igreja e outras da sociedade civil e do Governo, vocacionadas sobretudo, para o serviço das migrações. Um exemplo disso é a recente Carta das Organizações sobre a Imigração e refugiados para a Cimeira de Sevilha. Também se interessa e coordena as acções em favor do povo cigano, dos marítimos, dos refugiados, dos estudantes estrangeiros, das domésticas, do mundo do trabalho, do turismo e peregrinações.
Por isso, privilegia o diálogo com organismos do Poder central e autárquico relativamente ao debate público sobre a Emigração e Imigração, especialmente, na definição de medidas legais e sociais, na regularização dos indocumentados, na defesa dos refugiados e aprofundamento das leis inerentes ao asilo e defesa da identidade cultural.

Precisa de maior colaboração das Dioceses
Por falta de disponibilidade e sentido missionário da parte das dioceses, têm aumentado as Missões sem padre e outras correm o risco de encerrar, como já vem acontecendo desde há alguns anos. Neste momento, precisamos de uma dúzia de missionários para 7 países.
As Comunidades portuguesas exigem, no seu pleno direito de baptizados, o envio de missionários e maior atenção pastoral por parte de Portugal. Sentem-se “abandonadas” comunidades com dezenas de milhar de portugueses e com estruturas pastorais financiadas pela solidariedade lusa. A OCPM recebe todas as semanas cartas e telefonemas nesse sentido.
A OCPM, com a década de noventa intensificou a acção com os imigrantes no país. Através da sensibilização, formação e celebrações tem procurado teimosamente suscitar nas Dioceses, congregações e movimentos eclesiais, os meios humanos e as estruturas idóneas de acolhimento, de modo a que as Comunidades estrangeiras, em Portugal, tenham também elas, os seus capelães e formem os seus líderes leigos, tenham espaços e horários dignos e, integrando-se religiosamente, possam encontrar acolhimento fraterno, apoio social, jurídico e espiritual e ajudar-nos na catolicidade.
Diante do hodierno crescimento dos movimentos migratórios na Europa e no mundo, esta Obra é chamada a intensificar a sua actividade dentro e fora do país. Temos muitos projectos. Oxalá a Igreja, em Portugal, saiba ler os sinais dos tempos, comprometer-se com os pobres da mobilidade e assumir o desígnio de Deus que as migrações encerram para o bem da paz, do ecumenismo e da universalidade.

Equipa da OCPM
Pe. Rui Manuel Pedro


Fonte Ecclesia

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