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A educação integral
2002-06-12 23:49:37

As matrículas do ano lectivo 2002/2003 estão em curso. Os pais e educadores são chamados a tomarem as suas responsabilidades perante os filhos e a sociedade.

A UNESCO no Relatório sobre a Educação para o século XXI afirma: «a educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa - espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade». Enfim, o que se pretende é uma educação integral, educação para os valores.Esta educação não dispensa a parte moral e religiosa. Uma sociedade democrática e pluralista deve respeitar o direito que os estudantes católicos, ou de qualquer outra religião, têm de lhes ser ministrada a formação de uma personalidade cristã, dentro do quadro da formação curricular.Todos os cidadãos querem que a escola forme pessoas e não apenas transmita conhecimentos.

Todos conhecemos as dificuldades da educação moral das novas gerações, o perigo da falta de referências éticas na sociedade e nos cidadãos. Se pretendemos construir uma sociedade com valores, temos de entender a razão de ministrar a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica na Escola. Estamos perante uma causa nobre que pode ajudar na orientação moral da existência de cada cidadão e constituir o alicerce de uma pacífica convivência social. Temos medo de uma sociedade sem valores.A disciplina de EMRC tem em vista transmitir valores que constituem o património moral da nossa alma cristã e da tradição histórica do nosso povo, tais como: o respeito e defesa da dignidade da pessoa humana, o bom relacionamento entre as pessoas, a fraternidade entre todos os povos, raças e religiões, o sentido da justiça, a procura da verdade e da bondade, a construção da paz.Esta disciplina é diferente da catequese ministrada nas paróquias, no sentido de que esta educa para a fé, enquanto a disciplina na escola é educação moral alicerçada nos valores e cultura cristã.

A escola pública está ao serviço dos cidadãos e são estes que têm o direito de ditar não só como querem o Estado mas também a sua escola.Que fazer neste momento em que já estão em curso as matrículas na escola pública?Alertar os pais, educadores e alunos para a importância insubstituível da Educação Moral e Religiosa Católica porque lhes compete decidir sobre a educação dos seus filhos e devem matriculá-los ou convencê-los a se matricularem nesta disciplina.Peço aos párocos que recordem às famílias cristãs a responsabilidade moral que a escola deve ter na educação de seus filhos para que sejam pessoas autênticas e íntegras, e «aprendam a interpretar de modo crítico os saberes, as tradições, os valores que a sociedade lhe apresenta».

Ao Estado não compete definir a orientação moral da educação, essa é responsabilidade dos pais e educadores.Para terminar uma palavra de gratidão e simpatia para todos aqueles que na escola contribuem, com sentido de responsabilidade, esforço e até sofrimento, para aquela educação que «tem em vista formar personalidades juvenis ricas de interioridade, dotadas de força moral e abertas aos valores da justiça, da solidariedade e da paz, capaz de usar bem a liberdade pessoal» (João Paulo II).

Funchal 09 de Junho de 2002

D. Teodoro de Faria
Bispo do Funchal


Fonte Ecclesia

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