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Quiosques do Martim Moniz Foram para as Paróquias
2000-12-18 21:28:54

Pelo menos uma dúzia das três dezenas e meia de quiosques retirados pelos funcionários da Câmara de Lisboa da Praça do Martim Moniz, na noite de quinta para sexta-feira, foram entregues a outras tantas paróquias de Lisboa. Os restantes deverão estar guardados num armazém da autarquia em Figo Maduro. Cada quiosque tinha custado à autarquia cerca de três mil contos.


"Os quiosques já não estão no Martim Moniz? Não sei de nada!", declarou ao PÚBLICO o presidente da Câmara de Lisboa, João Soares, apesar de a operação-relâmpago de transferência das estruturas metálicas ter sido levada a cabo pela autarquia. Manolo Carrera, da direcção do grupo Amigos de Lisboa, assegurou mesmo que a ordem terá partido do próprio João Soares.

O padre Feytor Pinto - que, enquanto presidente da Comissão Diocesana do Jubileu do Ano 2000, estabeleceu a ligação entre as paróquias e a Câmara de Lisboa neste processo - diz que a 30 de Novembro passado o autarca o interpelou e propôs-se doar os quiosques às paróquias que estivessem interessadas em recebê-los por altura do Natal. "Contactei o bispo de Lisboa e o cardeal patriarca, e depois as 18 paróquias. Doze delas responderam afirmativamente", referiu.

Agora, além do Campo Grande e dos Anjos, também as igrejas do Lumiar, São João de Deus, Nossa Senhora de Fátima, São João de Brito, Santo Condestável e Moscavide, entre outras, têm à porta um quiosque de metal, um presente que a câmara nem sequer se esqueceu de enfeitar com um laçarote vermelho e fitas verdes. A cada uma caberá a decisão do que fazer agora com a prenda. O Campo Grande, por exemplo, deverá inspirar-se numa solução inglesa: "Muitas igrejas em Inglaterra têm 'charity shops' [lojas de caridade], onde vendem coisas usadas", contou Feytor Pinto. Outra solução já pensada, mas para épocas mais quentes, é a de usar o cubo gigante como cafetaria. Por enquanto, e já a partir de amanhã ou depois, o quiosque deverá acolher a venda de Natal que nos últimos dias tem sido feita dentro da igreja.

Dos 44 quiosques iniciais do Martim Moniz, que se revelaram um fracasso comercial, resta agora uma dezena. Um deles está ocupado pelos sanitários e outro serve de protecção ao elevador que dá acesso ao parque de estacionamento subterrâneo. Dos restantes apenas cinco se encontram realmente ocupados, com artesanato, numismática, jornais e revistas e com os Amigos de Lisboa. Num dos extremos do tabuleiro central da praça mantêm-se os "snack-bares".


Fonte Público

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