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Papa Já Aprovou Programa das Viagens de Julho e Agosto
2002-05-28 22:36:03

Aumenta a desorientação em relação às viagens do Papa e às respectivas implicações no estado de saúde de João Paulo II. Depois de declarações do porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro-Valls, ainda na Bulgária, dando como confirmada apenas a viagem a Toronto (Canadá), em Agosto, o bispo Giovanni Boccardo, organizador das viagens papais, afirmou ontem que o próprio João Paulo II aprovou já o programa das deslocações ao México e à Guatemala.



Citado pela AFP, Boccardo diz que os dois países da América Latina serão visitados pelo Papa Wojtyla, que festejou 82 anos no passado dia 18, entre 30 de Julho e 2 de Agosto. Esta viagem sucede à participação de João Paulo II em mais uma edição das Jornadas Mundiais de Juventude, que decorre em Toronto, entre 23 e 30 de Julho.

Também para a próxima quinta-feira, está já confirmada a participação de Wojtyla nas cerimónias do Dia do Corpo de Deus, uma festa litúrgica da Igreja Católica. Foi o mestre das celebrações litúrgicas do Vaticano, Piero Marini, que afirmou que a missa das cinco da tarde contará com a presença do Papa, que seguirá depois a tradicional procissão, entre São João de Latrão e Santa Maria Maior, a bordo de um veículo apropriado.

Também na edição de ontem do "Corriere della Sera", o número dois do Estado do Vaticano, o cardeal Angelo Sodano, aparecia a dizer que, "oficialmente", as visitas ao México e à Guatemala ainda não estão confirmadas. Nada que seja mentira: as viagens pontifícias são, de facto, confirmadas "oficialmente" muito pouco tempo antes de se realizarem, mas já depois de estar tudo preparado. "A decisão continua aberta", esclareceu Sodano.

O cardeal acrescentou o óbvio: "Creio que o sumo pontífice poderá ir ao Canadá, uma vez que se trata de um compromisso limitado à cidade de Toronto. Quanto ao resto, dependerá dele, de como se sentir fisicamente. Trata-se de decisões pessoais, que todos respeitamos, admirando o seu heroísmo, com estes compromissos que lhe exigem um esforço muito importante."

Declarações de médicos ouvidos pela imprensa italiana aumentaram a confusão. Hermanno Ferrario, um reputado gerontólogo, disse ao "La Stampa" que "o maior erro" que João Paulo II pode fazer "é parar". A doença de Parkinson e uma artrose no joelho "exigem movimento" e parar, neste caso, seria morrer. O neurologista Mario Manfredi diz exactamente o contrário, afirmando que as longas viagens mudam o regime e o horário e que a administração de medicamentos fica prejudicada.

Apesar das doenças, diz Navarro-Valls, a memória do Papa, "a sua capacidade de programar o futuro e o seu sentido de humor estão intactos". Com este quadro, o médico pessoal do Papa, Renato Buzzonetti, e os seus colaboradores terão que decidir até meados de Julho o que fazer. Com mais um elemento: o Papa desejaria ir à Suécia, em Junho de 2003, para os 700 anos do nascimento de Santa Brígida, padroeira do país, de acordo com a agência TT, que citava o embaixador da Suécia no Vaticano. Só o estado de saúde de João Paulo II não permite confirmar ainda a notícia...

Fonte Público

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