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Papa Oferece Uma Igreja Aos Ortodoxos Búlgaros
2002-05-25 09:26:14

O Papa ofereceu ontem aos ortodoxos búlgaros a utilização de uma igreja católica em Roma e, com esse gesto, estendeu a mão aos ortodoxos russos e o seu líder, o Patriarca Alexei II, que andam de "candeias às avessas" com o Vaticano.

"Com este gesto, o Papa quis mostrar que uma entreajuda pastoral entre cristãos deve ser encorajada de um lado e outro e que a criação recente de quatro dioceses católicas na Rússia não foi inspirada por qualquer vontade de proselitismo agressivo da parte de Roma, como considerou o Patriarca Alexei", comentou, citado pela AFP, um padre búlgaro perito em ecumenismo.

"É precisamente com a intenção de alimentar o conhecimento recíproco, a caridade mútua e a colaboração fraterna, que fico feliz por oferecer à comunidade ortodoxa búlgara o uso litúrgico da igreja dos santos Vicente e Anastácio, na Fonte de Trevi, de acordo com as modalidades que os nosso delegados deverão determinar", anunciou João Paulo II, que continua a aparentar, nesta sua 96ª viagem fora de Itália, um débil estado de saúde.

A oferta foi feita pelo Papa ao líder espiritual dos ortodoxos búlgaros, o Patriarca Maxim, a quem João Paulo II efectuava uma "visita de cortesia", no Palácio do Santo Sínodo, a sede da Igreja Ortodoxa búlgara. Bem recebido pelo Patriarca Maxim, ele próprio com 87 anos mas em boa forma, este foi um dos primeiros actos da visita pastoral, que começou anteontem com um encontro com o Presidente da República e que decorre até amanhã, neste país de maioria ortodoxa (80 por cento da população). "Hoje, o Senhor [Deus] permite-nos encontrar-nos pessoalmente e trocar o 'beijo da paz'", disse o Papa ao Patriarca.

O Papa recordou que as relações entre as duas igrejas conheceu "dolorosas feridas no curso da sua História", mas reafirmou a doutrina aceite por todos os cristãos de que "Cristo só criou uma Igreja". João Paulo II recordou ainda a importância simbólica, para católicos e ortodoxos, dos santos Cirilo e Metódio, padroeiros da Europa.

No encontro com o Presidente Georgi Parvanov, o Papa afirmou expressamente que "nunca" acreditou na pista búlgara relacionada com o atentado de que foi vítima em 1981, na Praça de São Pedro.

Fonte Público

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