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Fenómeno de Fátima explicado à luz da ciência
2002-05-02 17:48:18

O fenómeno das aparições de Fátima pode ser explicado à luz das novas ciências cognitivas, defende o historiador Joaquim Fernandes, co-autor do livro Fátima - Nos Bastidores do Segredo, uma edição da Âncora, com prefácio de A. H. de Oliveira Marques, que será lançado nos próximos dias.


O livro, com cerca de 300 pági nas, pretende ser "uma obra de análise interdisciplinar, não confessional e objectiva, que avança hipóteses pouco divulgadas", sustentadas em recentes avanços das ciências cognitivas", refere Joaquim Fernandes. Uma dessas ciências é a Neuroteologia, nova área científica que estuda os processos comparados, psicofísicos e mentais das experiências religiosas em diferentes crenças e culturas. "Não se trata de invadir o território do religioso, mas de aproximar o religioso da ciência", acrescenta o historiador, que assina a obra com Fina d'Armada, também ela historiadora.

Segundo Joaquim Fernandes, do Centro Trandisciplinares de Estudos da Consciência da Universidade Fernando Pessoa, Porto, é necessário "um novo entendimento dos fenómenos de Fátima à luz das novas ciências". Actualmente, sublinha, "existe uma aproximação que pode ser medida em laboratório capaz de fornecer uma nova relação causa/efeito".

Através de novas disciplinas científicas, refere Joaquim Fernandes, "é possível saber em que medida as experiências religiosas afectam determinadas áreas do cérebro e qual a relação biofísica com os estímulos externos".

Fina d'Armada e Joaquim Fernandes, sem pretenderem substituir as crenças das pessoas, estudaram o fenómeno das aparições através de "uma terceira via que vai muito além da oposição entre fé e ciência". As novas pistas propostas "são o percurso normal do desenvolvimento científico".

Em Fátima - Nos Bastidores do Segredo, os autores respeitam, mas "ultrapassam as interpretações dogmáticas e a polémica inútil e artificial entre crentes e descrentes, entre a fé popular e o anticlericalismo".

Fátima, escrevem os autores na conclusão da obra, "deve ser uma via aberta... para as gerações futuras e para o conhecimento do porvir. Por certo para os historiadores, antropólogos, mas também para os neurocientistas biólogos e físicos"... Julgamos que Fátima "merece ser "desencarcerada" e ir mais além dos ritos e práticas virtuosas da religião popular e dos seus fins meramente utilitários. O futuro é sempre um começo de algo

Fonte DN

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