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Padres Brasileiros Engravidam Adolescentes
2002-04-29 16:32:49

Um padre católico brasileiro foi acusado de ter engravidado uma jovem de 17 anos, quatro dias depois de um seu irmão, também sacerdote, ter admitido que mantivera relações sexuais com uma adolescente de 16 anos, que está também grávida.



O padre Edson Francisco dos Santos, que era até há poucas semanas, pároco de São Crispim, um bairro da cidade de Franca, foi acusado por fiéis da sua igreja de ter seduzido uma adolescente, que está agora grávida de cinco meses.

O vigário-geral da diocese de Franca, José Geraldo Segatin, recusou-se a confirmar ou a desmentir as acusações. "Não há nada a dizer. Estamos profundamente entristecidos e consternados. A hora é de serenidade e de meditação", limitou-se a afirmar o vigário daquela cidade, situada a cerca de 400 quilómetros de São Paulo.

O próprio bispo de Franca, Diógenes Silva, confirmou publicamente na terça-feira que o padre Heliberto dos Santos, irmão de Edson Francisco, fora transferido dessa diocese, onde também era pároco, para uma igreja do Estado de Santa Catarina. Essa transferência, segundo o superior religioso, foi ordenada logo que o sacerdote, de 43 anos, admitiu ter mantido relações sexuais com uma jovem de 16 anos, que está grávida e que era da sua paróquia.

Segundo Diógenes Silva, o sacerdote, pároco da localidade de Patrocínio Paulista, admitiu ter mantido encontros íntimos com a menor, cuja identidade não foi revelada e que está grávida de cinco meses.

De acordo com o bispo, o padre foi afastado da sua paróquia enquanto se decide o seu futuro e terá que submeter-se a um exame genético para se comprovar a sua paternidade.

A diocese de Franca divulgou, na sexta-feira, um comunicado em que, sem citar nomes, lamenta os erros cometidos pelos religiosos, pede perdão às pessoas afectadas e garante que a Igreja exigirá mudanças radicais de atitude aos sacerdotes que queiram continuar a sê-lo depois de violarem os seus votos de castidade.

"Exigiremos deles uma conversão radical e que assumam a responsabilidade pelos seus actos. Poderão continuar na Igreja, mas serão submetidos a uma profunda prova e controlo", refere a nota.

Os dois casos foram divulgados poucos dias após o papa João Paulo II ter condenado os abusos sexuais de menores por sacerdotes, devido à crise criada na Igreja Católica pela proliferação de casos de pedofilia em paróquias e seminários dos Estados Unidos.

Nos últimos oito meses, 11 sacerdotes brasileiros foram acusados de abusos sexuais de menores, ou admitiram ter mantido encontros íntimos com eles. Desde o início do corrente ano, foram detidos por pederastia três sacerdotes nos Estados de São Paulo e de Minas Gerais.

Fonte Público

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