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Parque das Nações à espera de igreja
2002-04-24 15:38:51

A venda dos lotes a urbanizar no Parque das Nações superou todas as expectativas. Ao mesmo ritmo não tem andado a construção dos equipamentos colectivos projectados para um território com cinco quilómetros e uma população que já ascende a cinco mil moradores. "A esmagadora maioria dessas estruturas é, no entanto, da responsabilidade do Poder Central" esclareceu João Paulo Velez, porta-voz da administração da Parque Expo.


O horizonte inicial para a concretização do projecto urbanístico do Parque das Nações era o ano 2010. Altura em que aquela área, privilegiadamente situada na frente ribeirinha oriental, abrigaria 25 mil habitantes e 22 mil trabalhadores.
As características do local e a forte receptividade por parte da população abriram, no entanto, os apetites dos promotores imobiliários que não hesitaram em investir na construção de fogos para habitação, comércio e serviços. Nesta altura, explicou João Paulo Velez, "a comercialização dos terrenos já atingiu os 80 por cento".
Mas como não há bela sem senão, começam a notar-se alguns desequilíbrios entre as necessidades da população residente e a oferta a nível de equipamentos de educação, saúde, desporto, apoio social e transportes.

Educação sobrelotada
Exemplo da situação, sobejamente denunciada pela Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, centra-se na Escola Vasco da Gama. Tudo porque o estabelecimento de ensino já está a rebentar pelas costuras e não se vislumbra, a curto prazo, qualquer alternativa.
Com efeito, das três escolas EB/123 com jardim de infância projectadas para a zona só foi construída a Vasco da Gama. E a que já está na calha, "no âmbito de um protocolo a ser assinado entre a Parque Expo e o Ministério da Educação levará algum tempo a ser construída", admitiu João Paulo Velez. Apenas no papel encontra-se também o projecto para um estabelecimento de Ensino Secundário.
Na área do desporto, é no Parque de Lazer, situado junto ao rio Trancão, que se fará a grande aposta. Além dos campos de ténis já existentes - que só não estão a funcionar porque ainda não foram concessionados -, "estão planeados uma academia de golfe, um campode futebol com pista de atletismo e um outro mais informal", explicou o porta-voz.
Em cima da mesa encontra-se igualmente a transferência do Olivais Moscavide Futebol Clube para o Parque das Nações. Se o projecto se concretizar, "no terreno onde actualmente funciona a colectividade será construída uma urbanização".

Saúde à espera
E se a prática do desporto é um contributo de peso para a manutenção de uma vida sã, é aconselhável ali que tal actividade seja bastante procurada. Tudo porque não há nada de concreto quanto à construção do centro de saúde, para o qual "já existe um lote disponível", como assegura João Paulo Velez.
Ironia à parte, já foram, contudo, feitos contactos com o Hospital da CUF para que, "numa situação de transição, os moradores possam recorrer aos serviços daquela unidade particular".
Alvo de uma forte campanha de reivindicação por parte dos moradores tem sido a construção de uma igreja. Terreno - junto ao do disponibilizado para a Casa do Gil -já existe. Falta agora acertar agulhas com o Patriarcado. Com efeito, como explicou ao JN o padre
Jardim Gonçalves, "o processo ainda se encontra em fase de negociação".
Finalmente, e para acabar de vez com a falta de transportes no interior do Parque das Nações, moradores, "operadores dos concelhos de Lisboa e Loures e a Parque Expo estão a tentar encontrar uma solução".
Vantajoso seria, na opinião de João Paulo Velez, o avanço do projecto dos eléctricos rápidos entre o Terreiro do Paço e a zona Oriental: "A linha poderia entrar pela Alameda dos Oceanos e prolongar-se até ao Trancão".

Fonte JN

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