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Igreja Católica não afasta divorciados
2002-04-19 18:20:40

O bispo de Aveiro, D. António Marcelino, condenou em Águeda a marginalização dos católicos divorciados ou recasados, embora nunca questionasse o disposto no Direito Canónico a esse respeito.


"Ninguém deve ser expulso, ninguém está a mais. A Igreja tem de ajudar estas pessoas que não cometeram qualquer atentado à fé", sustentou D. António Marcelino. Mas, como manda o Direito Canónico e como lembrou o prelado, "não têm direito à confissão e à comunhão".
A doutrina oficial da Igreja Católica considera que o casamento dura até à morte, pelo que condiciona a participação dos divorciados e recasados em certos rituais.
Na perspectiva de D. António Marcelino, tais condicionamentos não podem ser encarados como castigos, mas "apenas como limitações de direitos".
Garantiu, a propósito, que há divorciados-recasados em "destaque" nas actividades da sua diocese e disse tratar-se de "gente generosa e empenhada".
"A Igreja deve procurar sempre as melhores resposta para os problemas que se lhe deparam", acrescentou o prelado, que falava, anteontem à noite, na paróquia de Recardães, no âmbito de uma deslocação pastoral ao concelho de Águeda.

Marcas negativas
Na sua palestra, o bispo de Aveiro admitiu que a Igreja deixou "marcas (negativas) muito fortes" pela forma como encarou o divórcio e o segundo casamento, mas sustentou que essa postura deu lugar a "uma nova visão".
"Houve uma evolução enorme. Hoje a problemática não deixa de ser um grande desafio para a Igreja, mas esta não pode abandonar ninguém, muito menos os baptizados", frisou.
Referindo-se ao aumento considerável de divórcios a partir da década de 80 do século XX, D. António Marcelino disse que a maioria resultou de casamentos alicerçados "na falta de preparação e na imaturidade" dos nubentes.

Fonte JN

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