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Renúncia papal está prevista
2002-04-14 12:40:09

D. José Policarpo desconhece qual será o futuro de João Paulo II, mas entende que a hipótese de poder resignar nada tem de revolucionária. "Está prevista no Códido de Direito Canónico", afirmou.

E se tal vier a acontecer "seguir-se-ão os trâmites normais", ou seja, "elege-se outro". Estas declarações foram proferidas ontem, no final da Assembleia Plenária do Episcopado que se realizou em Fátima.

Foi com toda a naturalidade que o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa comentou a possível resignação do Papa. Segundo as suas palavras, trata-se de um debate cuja promoção se deve, sobretudo, aos meios de comunicação social.

Na Santa Sé, conforme disse ter verificado, existe alguma tranquilidade, inclusive, relativamente à saúde de João Paulo II. Na realidade, frisou, a Igreja está preparada na sua estrutura orgânica para lidar com situações de fragilidade física. O alvoroço que se tem feito sentir na opinião publica mais não significa, em seu entender, do que uma certa preocupação devido "ao valor simbólico que se atribuiu ao pontífice romano ao longo de 23 anos".

No fundo, "é também uma demonstração de carinho", disse, salientando que ninguém se importaria com um papa perdido nos corredores da Santa Sé.

Segundo o cardeal, João Paulo II permanece na posse completa das suas faculdades, estando a dar, neste momento, um "excelente testemunho de dedicação até ao fim" E "a sua força simbólica não se perdeu", afirmou.

Mais preocupado se mostrou com o que se passa na Terra Santa. Para D. José Policarpo, o cerco à Igreja da Natividade, em Belém, por parte das tropas israelitas, constitui um atentado ao direito internacional, pelo que, adiantou, "não deixa de ser chocante para todos os cristãos".

Recordou, a propósito, a celebração eucarística concelebrada por todos os bispos na Capelinha das Aparições, ontem de manhã, tendo como principal intenção a paz no Médio Oriente. É um conflito que resulta de tensões avolumadas ao longo dos tempos, de uma parte e de outra, e que agora já ninguém controla, explicou. Neste sentido, sugeriu que a comunidade internacional assuma uma intervenção mais activa, clara e inequívoca, devendo, inclusive, impor para Jerusalém um estatuto especial por ser uma terra de encontro de povos, raças e religiões diferentes, defendeu o reeleito presidente da CEP.

Fonte DN

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