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Bispos reunidos em Fátima apelam à paz no Médio Oriente
2002-04-11 21:50:18

Os bispos portugueses reuniram-se hoje em Fátima para celebrar uma missa de apelo à paz no Médio Oriente, deixando um pedido directo aos líderes israelita e palestiniano para que cheguem rapidamente a um consenso na região.


Apesar de todos os mártires do conflito serem lembrados, o bispo emérito de Setúbal, Manuel Martins, afirmou que tudo indica que "as grandes vítimas estão do lado dos palestinianos".

No último dia da assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, que ontem reelegeu o patriarca de Lisboa, José da Cruz Policarpo, como seu presidente, a celebração da missa, na Capela das Aparições, surgiu como resposta ao pedido de João Paulo II, para que se rezasse pela paz no Médio Oriente e pelo "sofrimento dos povos".

O patriarca de Lisboa sublinhou a importância de "um rebate interno de consciência" do primeiro-ministro israelita, Ariel Sharon, e do presidente da Autoridade Palestiniana, Yasser Arafat, porque "a paz constrói-se a partir de dentro", cita a Lusa.

Elogiando os mártires da paz, o patriarca de Lisboa disse esperar que "o seu testemunho seja dramaticamente uma voz que se levanta no meio da violência". Ficou ainda a crítica à ofensiva militar desencadeada junto à Basílica da Natividade, em Belém, na Cisjordânia, ao ser trasformado num "palco de violência" o local onde a tradição diz que nasceu Jesus Cristo.

Também Manuel Martins deixou acusações a ambos os lados do conflito, no final da missa. O bispo sustenta que os povos israelita e palestiniano são mártires enquanto "vítimas da guerra", "uma guerra injusta, estúpida, cruel que não devia existir porque nunca é caminho de paz".

Para Manuel Martins, o apelo à paz no Médio Oriente feito hoje durante a eucaristia em Fátima é dirigido a Israel e à Palestina, apesar de admitir que "as grandes vítimas estão do lado dos palestinianos".

O bispo de Setúbal não deixou de criticar também os "figurões que jogam na teoria da enguia e vão dizendo uma coisa para enganar os papalvos e vão fazendo outras para atingir os seus interesses", referindo-se a alguns dirigentes da comunidade internacional.

Fonte Público

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