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Igreja quer travar crise de vocações
2002-04-11 21:41:02

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), reunida em Fátima, está a analisar um documento sobre o papel da Pastoral Juvenil que tem como um dos principais objectivos constituir-se, junto dos jovens, como um "despertar de vocações para a Fé".

O documento deverá
ser apresentado, durante a Assembleia Plenária Extraordinária, em Junho próximo.
Segundo D. Tomaz da Silva Nunes, secretário da CEP, "as vocações são fruto dos apelos de Deus, mas há também uma colaboração humana, um despertar que é preciso suscitar", sendo, por isso, "necessário investir de tal maneira que os jovens possam escutar esse apelo de Deus que, muitas vezes, vem através do apelo da própria Igreja".
O documento, da autoria do Departamento Nacional da Pastoral da Juventude, e ainda em análise pela CEP, define um conjunto de orientações comuns a levar a cabo pelas várias dioceses, no trabalho com os jovens, pretendendo "estabelecer uma ligação, um ponto de referência nas caminhadas dos jovens e no aprofundamento da Fé", adiantou aquele responsável.

"Discernimento vocacional"
"Despertar na juventude o interesse pela dimensão religiosa", é um dos objectivos do documento que prevê a realização de acções de formação, destinadas aos jovens, com idades entre os 16 e os 26 anos (depois da idade da catequese). Para além disso, está prevista também a realização de acções de formação, de três anos, para animadores, de forma a que estejam preparados para actuar nos vários grupos da Pastoral Juvenil.
Está prevista ainda a criação de um Secretariado Nacional da Pastoral Juvenil, estrutura coordenadora, que terá como finalidades "aprofundar o estudo sobre o modo como educar os jovens na Fé, garantindo a unidade do trabalho juvenil da Igreja em Portugal", devendo ser criado ainda um Conselho Nacional da Pastoral Juvenil, um fórum de encontro, debate e estudo, para representantes dos serviços diocesanos, movimentos, institutos e várias obras que envolvem os jovens neste domínio.
"Há uma clara intenção de abertura, não apenas aos jovens que já estão integrados em comunidades eclesiais, mas também a todos os outros", esclareceu D. Tomaz Nunes, explicando que, desta forma, se pretende "abrir caminhos de discernimento vocacional, mas também de oração e espiritualidade".
Considerando que a juventude é um "campo de missão para a Igreja", o secretário da CEP afirma que, com estes procedimentos se pretende "congregar melhor os jovens, com ofertas que sejam desafios" e, ao mesmo tempo, "criar condições para que descubram a sua vocação". E, "em primeiro lugar, descobrir a sua vocação cristã", sublinhou.
Referindo-se a algumas quebras que a Igreja tem sentido a nível das vocações, D. Tomaz Nunes considera que "cada vez mais é preciso aprofundar e criar condições para que os jovens possam também descobrir a vocação para uma consagração especial". E sublinhou que"há um desejo claro de que haja uma Pastoral das Vocações de Consagração e Vocações Religiosas, onde precisamos de investir com mais cuidado".

Fonte JN

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