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PAPA VAI SER OPERADO AO JOELHO DIREITO
2002-04-01 14:56:52

João Paulo II será operado, nos próximos dias, ao joelho direito, devido a uma artrose que o obrigou a limitar a sua participação na Semana Santa pela impossibilidade de andar.

Com a recusa do Papa em usar, pelo menos em público, qualquer cadeira de rodas, tornou-se inevitável a cirurgia, que se realizará no Hospital San Carlo de Nancy. Segundo explicou ao Correio da Manhã o especialista em ortopedia José Montes, do Hospital Pedro Hispano, a artrose é uma destruição de uma articulação por envelhecimento e a operação consiste, por isso, na colocação de um pequeno componente de metal para a substituir. A operar o Papa estará o professor ortopedista Alfredo Carfagni, no Hospital San Carlo. A incapacidade motora do Papa, que celebra 82 anos a 18 de Maio, foi visível durante toda a Semana Santa e a sobrecarga de actividades terá agravado o problema e as dores no joelho. Quando se chega a um ponto destes, as soluções apenas são, de acordo com aquele médico, duas: ou ficar sentado numa cadeira de rodas ou sofrer uma intervenção. A escolha da primeira opção parece ter sido colocada de parte pelo próprio João Paulo II. Em declarações ao Jornal Italiano La Republica, um cardeal afirmou que João Paulo II “se irrita quando se menciona a cadeira de rodas”. A intervenção acabou, assim, por ser a opção tomada pelos médicos e pelo Vaticano, que nos últimos tempos têm discutido a conveniência da operação, a um Papa já debilitado pela doença de Parkinson. José Montes explica, no entanto, que nem a idade, nem a doença de Parkinson são impedimentos para a operação à artrose. “O importante é ter capacidade vital cerebral e condições cardíacas”, diz.

Os perigos

Este tipo de operação demora, em média, entre 60 e 90 minutos e a recuperação dá-se em 48 horas. Ou seja, em condições normais, bastam dois dias para o doente voltar a andar perfeitamente. No entanto, como em todas as intervenções cirúrgicas, há perigos. Neste caso, e segundo o ortopedia, a prótese pode ser recusada e podem surgir infecções ou lesões cutâneas. Por isso, o médico refere que para se decidir pela operação tem de se ter em conta o tempo de vida que o doente tem, assim, como as dores e a incapacidade motora existentes. Estes e outros os problemas estiveram na base da discussão vivida nos últimos dias no Vaticano sobre a conveniência da intervenção. O médico Francesco Bove, presidente da Fundação Italiana de Luta contra a Artrose, defendeu recentemente que a situação do Papa não podia ser resolvida apenas com repouso e medicamentos, como sugeriam outros profissionais.


Fonte CM

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