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IGREJA QUER EXPLICAÇÕES SOBRE A LEI DA DROGA
2000-11-14 22:19:41

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Policarpo, defendeu ontem, em Fátima, a realização "urgente" de um "esclarecimento público" sobre a lei de descriminalização do consumo de droga, para não criar "confusão" e "induzir em erro muitos jovens".

D. José Policarpo, que falava na sessão de abertura da assembleia plenária da CEP, disse que a legislação recente aprovada na Assembleia da República sobre a descriminalização do consumo de droga é uma "tentativa de encontrar um instrumento legal mais apto à intervenção nesta vasta problemática". Segundo o presidente da CEP, "é urgente um esclarecimento público, para que não se confunda a descriminalização do consumo com a sua despenalização e, muito menos, com a sua liberalização", pois "uma tal confusão poderia induzir em erro muitos jovens, pensando que o consumo de droga deixa de ser um ilícito, eticamente reprovável e socialmente penalizável". "Não é isso que a lei propõe", disse D. José Policarpo, frisando que "só desfeita esta confusão se evitará um aumento do consumo, uma intensificação do pequeno tráfico e se poderão retirar dessa legislação os resultados positivos que visa". Na perspectiva daquele responsável, os "resultados positivos" desta lei "acabarão por irrelevantes" se não for intensificado o "esforço de prevenção" e o "combate sem tréguas ao tráfico em todas as suas expressões e escalões". O "problema da droga e da toxicodependência" vai ser alvo de "reflexão" dos bispos portugueses, que estão reunidos em Fátima até quinta-feira, com uma agenda "sobrecarregada", que passa pelo "acompanhamento", por parte da Igreja, das "questões e problemas da sociedade portuguesa no seu todo" e a "reflexão sobre realidades internas da vida da Igreja". Outro dos assuntos destacados por D. José Policarpo para debate nesta assembleia plenária é o "problema da educação", que surge em continuidade do documento sobre "A Igreja na Sociedade Democrática" e "em tempo oportuno" poderá "originar" uma nova Carta Pastoral. A discussão de "problemas da vida interna da Igreja", como a qualificação jurídica das misericórdias e a preparação da sondagem sobre a prática dominical, ocuparão também uma "parte significativa" da agenda dos bispos portugueses.


Fonte CM

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